A morte de Cory Lidle, o pitcher (lançador) dos New York Yankees cujo avião embateu num prédio da cidade norte-amaricana, deixou o basebol dos Estados Unidos em estado de choque. Jason Giambi não só era companheiro de equipa de Lidle como o conhecia desde o liceu. O 1ª base dos Yankees teve um dos depoimentos mais emocionados dos que já foram tornados públicos depois do acidente de quarta-feira.
«Estou em estado de choque. Conhecia-o e a mulher Melanie há 18 anos e vi o seu filho crescer. Jogámos juntos no liceu e permanecemos próximos durante as nossas carreiras. Estávamos entusiasmados por voltarmos a reencontrarmo-nos Em Nova Iorque este ano e estou devastado com esta notícia», afirmou Giambo num comunicado citado pela AP.
O dono dos New York Yankees, George Steinbrenner, foi outro dos notáveis da modalidade que mostrou de pronto o luto pelo acidente, ele que já tinha perdido o seu capitão de equipa Thurman Munson em 1979 noutro acidente de avião: «Esta é uma terrível e chocante tragédia que deixou boquiaberta toda a organização dos Yankees».
Brian Cashman, o director geral da equipa nova-iorquina fez outro dos depoimentos mais emocionados: «Via-o sempre a jogar xadrez com os outros. Ele era um pitcher competitivo tanto aqui como em qualquer outra equipa. Parecia simplesmente uma boa pessoa. Ainda estou muito chocado. É muito difícil de acreditar.»
Outras figuras públicas ligadas de algum modo ao jogador prontificaram-se também a manifestar o seu pesar como o antigo presidente da Câmara municipal de Nova Iorque, Rudolpg Giuliani e o presidente da Comissão de basebol, Bud Selig.
O treinador dos Yankes, Joe Torre, também não deixou de referir que «o tempo que Corry Lidle passou com os Yankees foi curto, mas ele era um bom companheiros de equipa e um grande atleta» apresentando os pêsames à família do jogador que tinha chegado à equipa no passado Verão.
Manny Acta é o treinador dos rivais New York Mets e não era tão próximo de Lidle como outros, mas vive no prédio onde o avião do jogador tragicamente acabou por embater. «Não é só ele. Há o piloto, o co-piloto e todos os outros do prédio em que se pensa», referiu.
A notícia do acidente chegou ao Shea Stadium quando os Mets se preparavam para defrontar os St. Louis Cardinals na abertura da Liga Nacional, que não se jocou devido à chuva.
O treinador dos pitches dos Mets, Rick Peterson, que tinha sido técnico de Lidel em Oakland em 2001 e 2002 falou de um acontecimento «horrível». «Gostava de ter palavras. Não as tenho. Só tenho emoções muito fortes e é uma tristeza extrema. Ele ajudou-nos muito quando precisámos», lamentou Peterson.
Barry Zito, pitcher dos Oakland, contou que Lidle era conhecido como Snacks por comer nos jogos. «Ele comia hambúrgueres, gelados, tudo entre pontos vitoriosos», recordou o antigo companheiro equipa prometendo que Lidle «vai estar seguramente na cabeça de todos, especialmente dos 50 homens em campo e das equipas técnicas» quando o jogo se realizar esta noite. «Mas temos de continuar. Tenho a certeza que ele queria que o fizéssemos», garantiu.