*Enviado-especial ao Euro 2016

A FIGURA

Giroud

Dois golos, fundamental noutros dois. Rematou cruzado para o primeiro, assinou o quinto de cabeça, antes de ser substituído por Gignac. Foi ele ainda que ganhou pelo ar na área no início da jogada do terceiro golo e simulou para Griezmann isolar-se no quarto. Uma exibição em cheio. Saiu para a ovação, e porque é preciso descansar para a Alemanha.

Griezmann

Um golo e duas assistências. O golo, o quarto, a fechar a primeira parte, picando com classe a bola sobre Halldorsson. Assinou ainda o canto para o cabeceamento de Pogba no 2-0, e lateralizou para o remate cruzado de Payet no terceiro. É claramente a grande figura desta seleção, o seu melhor jogador e aquele em que o país mais esperanças deposita para carregar les Bleus até à vitória final. Não começou bem o Europeu, mas voltou rapidamente aos melhores momentos. Obviamente que para isso terá contribuído jogar em terrenos mais centrais, em vez de num flanco.

Matuidi

Fez o passe fantástico, de muitos metros, que isolou Giroud para o primeiro golo, desbloqueando muito cedo um jogo que ainda estava algo equilibrado. Sempre muito inteligente e intenso na pressão, contribuiu para o levantar de obstáculos à construção do adversário e o empurrar sistemático dos nórdicos para junto da sua baliza. Conseguiu subir como gosta várias vezes, mostrando uma boa coordenação com Pogba.

Evra

Na sexta-feira, o «L’Équipe» escrevia, em letras gordas, que o lateral-esquerdo francês podia fazer bem melhor. Hoje, esteve muito atento aos movimentos interiores de Gudmundson, por onde a Islândia sempre tentou ganhar maior profundidade ofensiva. Continua a poder fazer bem melhor.

Sigthórsson

Marcou o golo islandês, e mesmo que não tivesse marcado já era uma das figuras deste Euro 2016. Incrível capacidade de luta, sobretudo pelo ar, tirando invariavelmente superioridade dessas jogadas. No único momento de festa da sua seleção, correspondeu de pé esticado ao cruzamento da direita de Sigurdsson. Uma oportunidade, um golo.

Pogba

Não tem sido um torneio fácil para o médio, com algumas polémicas à mistura, mas frente à Islândia redimiu-se com um momento que mostra bem toda a sua qualidade. Um grande golo de cabeça em que mostrou toda a sua capacidade atlética perante Bodvarsson. Continua a ter margem de crescimento, mas já foi qualquer coisa.

Payet

Mais um bom golo, num remate cruzado à entrada da área, e uma assistência, no livre para o desvio de Giroud no 5-1. Continua a ser um dos principais desequilibradores dos Bleus, sobretudo nas jogadas de um-para-um à entrada da área. Esteve perto do bis aos 70 minutos, com Halldorsson a defender com o pé.