O Portugal-Croácia deste sábado foi o sexto jogo na história da seleção portuguesa, em competições oficiais, em que foi necessário recorrer a tempo suplementar - e foi a terceira vez que Portugal seguiu em frente, tendo outras tantas eliminações a lamentar. O golo de Quaresma, aos 117 minutos, introduziu uma novidade nesta equação: foi a primeira vez que a equipa nacional seguiu em frente sem ter de recorrer a grandes penalidades.

O primeiro prolongamento de Portugal em fases finais deixou más memórias: foi na meia-final do Euro 84, com a França. A vencer por 2-1 aos 114 minutos, a seleção portuguesa consentiu a reviravolta para 2-3 e a eliminação. 16 anos depois, novo desgosto numa meia final diante da França: 1-1 nos 90 minutos, 2-1 aos 117, com um penalti de Zidane.

O saldo ficou equilibrado em 2004 e em 2006, quando dois empates com a Inglaterra, nos quartos de final do Euro e do Mundial, (2-2 e 0-0 após prolongamento, respetivamente) valeram apuramentos no desempate por grandes penalidades. O quinto tempo suplementar na história da seleção em grandes competições aconteceu no Europeu 2012, e o nulo com a Espanha (0-0), novamente nas meias-finais, acabou por ditar a primeira eliminação no desempate por grandes penalidades. Desta vez, com a Croácia, não foi preciso chegar a tempo: o terceiro apuramento com horas extraodrinárias chegou a três minutos do fim, trazido pela cabeça de Quaresma.