Didier Deschamps, depois da vitória sobre a Alemanha, aponta já a mira para Portugal e para a final de domingo, recordando que, com apenas três dias pela frente, não vai haver tempo para saborear a vitória sobre os campeões do Mundo.

«Temos apenas três dias antes da final, é muito pouco tempo, por isso temos de saborear esta vitória. É um passo muito importante, mas o passo mais importante será no domingo. Vamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para chegarmos ao jogo de domingo nas melhores condições possíveis», começou por destacar o selecionador francês.

Esta noite, a grande figura do jogo foi Antoine Griezmann que assinou os dois golos da vitória francesa. «O Antoine é um grande jogador e esta noite voltou a prová-lo em tudo que fez. Ele trabalha muito e, com Olivier Giroud, numa perspetiva defensiva, garantiu que fossemos um bloco unido e compacto. É um jogador muito importante, como o foi para o Atlético toda a época. No Euro, marcou golos, assistiu os companheiros e meteu todos à sua volta a jogar bem», elogiou Deschamps.

Quanto ao jogo decisivo com Portugal. «Temos as nossas possibilidades, como Portugal as tem. Lá por sermos anfitriões e por termos eliminado a Alemanha, isso não nos dá poderes especiais. Acreditamos em nós próprios, tal como Portugal o deve fazer», comentou.

Uma vitória histórica, mas Deschamps insiste que o que conta é o jogo de domingo. «Já fizemos história. Há muito tempo que não batíamos a Alemanha, mas isso agora não quer dizer muito. Estamos na final e agora há um troféu para agarrar. Estou contente pelos jogadores, foi um jogo muito duro contra uma equipa que nos fez sofrer, mas sofremos em conjunto. Quando vimos a paixão e o fervor nas bancadas à nossa volta…esta equipa tem tudo o que é preciso para ser amada», prosseguiu.

Didier Deschamps terá agora a oportunidade de vencer o Campeonato da Europa como treinador, depois de já o ter conseguido como jogador em 2000. Um feito apens conseguido pelo alemão Berti Vogts. «Já tive a minha cota de finais como jogador. Não é que não esteja contente em termos pessoais, mas estou contente acima de tudo pelos jogadores. Nunca senti tanto orgulho na minha carreira como quando vesti esta camisola. Não devia haver nada acima da camisola francesa para os jogadores. Talvez nem sempre tenha sido assim, mas agora eles sabem bem o que podem dar às pessoas quando vestem esta camisola», referiu ainda.