Luka Modric pode não ser o maior goleador da seleção croata, mas aparece muitas vezes nos momentos decisivos, a fazer o que mais ninguém consegue. Esta tarde, frente a uma Turquia que não começou a abrir brechas à meia hora de jogo, mas perante companheiros perdulários no momento da concretização, o jogador do Real Madrid arregaçou as mangas e fez um golaço que valeu os três pontos e a liderança no grupo.

Ficha de jogo e estatísticas

A Croácia esteve sempre por cima do jogo no Parque des Princes. A Turquia começou o jogo com um objetivo: fazer uma muralha para travar o ataque croata e apostar no contra-ataque. Mas deparou-se com dois problemas. Na frente, Arda Turan muito apagado, e Cenk Tosun com muito poucas hipóteses de fazer estragos, esbarravam num Subasic a alto nível. E, problema ainda maior, a muralha começou a abrir brechas ainda antes da meia hora de jogo.

Modric, por quem passou quase todo o jogo croata, ia levando a bola para a frente, depois, Perisic encarregou-se de colocar a bola na área. Mandzukic bem tentou, mas não estava nos seus dias, Brozovic, muito mais ativo, não teve melhor sorte. A bola rondava a baliza, Babacan ia brilhando, mas era só uma questão de tempo até ir parar dentro da baliza.

Do outro lado, só Tufan, com um cabeceamento na área, que obrigou Subasic a defender, à segunda, em cima da linha de golo, conseguiu criar perigo.

E foi Modric, who else?, aos 41 minutos, aproveitando uma bola que vinha da área, quem resolveu o jogo. Armou o remate, nem deixou a bola pousar na relva, e atirou um tiro que passou pelo buraco da agulha e foi encaixar-se dentro da baliza do guarda-redes turco, que viu o esférico passar-lhe juntinho à mão. Podia ter feito melhor.

Apesar do golo, a Croácia nunca baixou os braços e continuou a pressão. No início da segunda parte, Srna, na conversão de um livre, atirou à trave uma bomba que, milímetros mais abaixo, não daria hipóteses a Babacan. Logo a seguir, o mesmo Srna, de baliza aberta, não teve a frieza de trabalhar melhor a bola e rematou de primeira, de pé esquerdo, com a bola a sair enrolada e ao lado. Depois foi Perisic a fazer novamente a baliza tremer com um cabeceamento à trave.

Costuma dizer-se que quem não marca sofre, mas a Turquia, apesar de ter tentado nos últimos minutos colocar toda a pressão na frente, inclusive com a entrada do jovem prodígio Emre Mor, acabou por não ter engenho para bater Subasic.

A Croácia até justificava um resultado mais dilatado, mas, para isso, era preciso marcar mais e falhar menos na altura do remate.