*Enviado-especial ao Euro 2016

A FIGURA

Pellè
Jogo de muito trabalho do avançado italiano, que viu De Gea negar-lhe o golo bem cedo, com uma defesa fantástica. Excelente a jogar de costas para a baliza e a servir de pivot, ofereceu o 2-0 a Éder já no segundo tempo, mas o guarda-redes espanhol fez bem a mancha. Ganhou quase todas as bolas que disputou pelo ar com Sergio Ramos e Piqué, e isso diz muito da sua exibição. Nos descontos, matou o jogo. Com a defesa espanhol toda esticada para o lado direito, Insigne abriu para Darmian e este cruzou rasteiro, com desvio, para o ponta de lança, que não perdoou.

O MOMENTO

A defesa de Buffon aos 89 minutos
Piqué surgiu-lhe frente a frente, depois de um mau alívio de um defesa italiano, e Buffon voou para a bola para evitar o prolongamento. Grande intervenção.  

OUTROS DESTAQUES

De Gea
Milagroso três vezes, duas vezes demasiado humano. Três fantásticas defesas, uma a ir lá abaixo defender o cabeceamento de Pellè, outra a voar para enviar por cima o remate de Giaccherini, a terceira a ganhar o um para um a Éder, defendendo com o corpo. Depois teve o outro lado da moeda, sobretudo ao defender para a frente o livre de Éder, que deu o golo aos italianos. Aos 63, numa outra jogada de grande perigo do conjunto transalpino, deixou passar a bola por baixo do corpo depois de cruzamento de De Sciglio, e foi Piqué quem salvou a Roja.

Giaccherini
A sua velocidade encaixa como uma luva no jogo de transições italiano. Ritmos intensos e muito foco no que tem de fazer. Fundamental como chegou primeiro à bola que De Gea, fazendo que esta sobrasse para a emenda de Chiellini.

Florenzi
Tem um pé direito de grande qualidade, e é muito importante pela velocidade que imprime e com que chega à área rival. Fundamental no 3x5x2 de Antonio Conte também pela elasticidade que dá aos movimentos de pressão e pelas compensações defensivas.

De Sciglio
Excelente a fazer o corredor esquerdo, foi muito importante no desdobramento da equipa italiana para o ataque, tendo estado em maior evidência no primeiro tempo, na melhor fase da squadra azzurra. Por pouco não provocou um autogolo de Sergio Ramos.

Iniesta
Não foi o Iniesta de outros jogos, embora não tenha fugido da responsabilidade. Depois de uma primeira parte vazia de toda a equipa espanhola, procurou lutar contra a superioridade evidente da Itália no encontro. A bola sai sempre açucarada dos seus pés, e viu Buffon defender um bom remate seu, de primeira, para canto, já no segundo tempo.