*Enviado-especial ao Euro 2016

Arkadiusz Milik não foge da pergunta. Cristiano Ronaldo, capitão da Seleção portuguesa, e que vai ter esta quinta-feira como adversário nos quartos de final do Euro 2016, é uma das suas referências.

«Não o escondo. Há alguns anos, estava a tentar aprender com ele. É um jogador de classe mundial, um dos melhores do mundo, um foco de inspiração e um exemplo de trabalho duro. Ele não é só talento, É especial para mim defrontá-lo amanhã, é uma oportunidade para nos conhecermos em campo, mas vou estar focado em mim e na minha equipa.»

O avançado do Ajax acredita que o percurso da Polónia não termina aqui. «Fizemos o nosso trabalho, cumprimos o nosso objetivo, e sabemos que vamos defrontar um grande adversário, que nos anos recentes teve grandes jogadores. Mas amanhã vamos jogar focados, como uma unidade, uma equipa, e se for assim podemos passar às meias-finais», afirmou o futebolista, que garante que não sente qualquer tipo de ansiedade: «Não estamos a focar-nos em fazer história. Estamos a preparar este jogo como qualquer outro jogo, não sentimos nenhuma pressão adicional, nem que está em jogo uma meia-final. Partimos para cada jogo para fazermos o nosso melhor, e amanhã não será diferente.»

Milik repetiu que o importante é que a equipa se foque em si própria, apesar de estar obrigada a estar atenta às armas do adversário. Criticado por alguns falhanços escandalosos nos primeiros encontros do Europeu, o futebolista reconhece que faltou alguma tranquilidade na hora de atirar à baliza: «Não tive sangue frio, mas tenho habilidade para finalizar melhor e já pus essas situações para trás das costas. Não sinto pressão. Vou fazer o meu trabalho em campo, e completar a missão tática que o treinador me der. Amanhã é um novo jogo.»

O atacante reconheceu ainda durante a conferência o papel que Dennis Bergkamp, «uma pessoa especial, que teve uma grande carreira, e com quem está sempre em contacto», teve durante a sua aprendizagem no Ajax; e disse-se satisfeito com o reconhecimento que o trajecto da seleção polaca está a ter no seu país. «Não sabemos o que está a passar na Polónia, não vamos lá há algum tempo, mas estamos felizes com o que nos chega através das nossas famílias, dos nossos amigos. Sabemos que houve um "boom" no interesse pela seleção, há milhões de pessoas a ver os jogos na TV, isso reflete-se na nossa equipa. Queremos que continue», concluiu.