*Enviado-especial ao Euro 2016

Fernando Santos esteve em quarta-feira na sala de imprensa de Marcoussis, e abordou vários dos temas quentes da atualidade da Seleção.

Um deles o de Ricardo Quaresma, que afirmou sentir-se bem para ter entrado ontem de início em Saint Étienne frente à Islândia, mas cujo agravamento da lesão o selecionador não quis arriscar. «A opção não era puramente técnica, não tinha um quadro de lesão, mas corria riscos de poder tornar-se», disse, antes de concordar que «nada aponta para que não esteja disponível no próximo encontro e possa entrar de início» se o técnico assim o entender. «Era um jogo oficial e não podíamos arriscar ter de fazer cedo uma substituição.»

Com a Áustria, no próximo sábado, no Parc des Princes, não tem, no entanto, a titularidade garantida. «Cada jogo é um jogo, é um adversário diferente. A Áustria é muito mais próxima no seu ADN da equipa portuguesa. Conheço bem o seu processo de crescimento, tem jogadores de grande qualidade e vai procurar ter a bola e ganhar. Joga em 4x3x3, mas com Alaba a partir do 2x1 tornando-se um jogador muito móvel na equipa. Já a Islândia tem um 4x4x2 muito defensivo, de bloco muito curto. Vamos definir o que queremos, e tomar a melhor decisão para vencermos a partida.»

No entanto, está tudo em aberto, inclusive a entrada de Cristiano Ronaldo, Nani e Quaresma no mesmo onze: «Não me parece que não possam coabitar. Vamos ter três dias para recuperar, e vamos ver como estão todos os jogadores daqui a três dias. A frescura é importante para abordar uma competição. Depois, vamos tomar a decisão para defrontar a Áustria o melhor possível e vencer o jogo.»

Fernando Santos assumiu que vai mudar algo na equipa, mas não como castigo a um ou outro jogador. «Vamos ter três dias de recuperação, e parece-me claro que vai ser necessário refrescar a equipa. Não por achar que um ou outro jogador não esteve tão bem, mas porque é importante gerir o esforço.»