*Enviado-especial ao Euro 2016

O bom momento de Ricardo Quaresma, hoje interrompido no treino por algumas lesões musculares, não tem passado ao lado do dia a dia da Seleção Nacional. Questionado sobre quem seria o seu preferido como companheiro de flanco, embora ambos partam hoje em dia de terrenos mais centrais, Vieirinha não quis escolher entre o extremo do Besiktas e Nani, o jogador mais vezes utilizado por Fernando Santos desde que chegou ao cargo de selecionador.

«Todos conhecem a qualidade de Quaresma, tem feito grandes exibições nos últimos jogos, e espero que continue a fazê-las em competição. É um grande jogador, todos o sabem. Para mim é importante jogar, é indiferente se jogam comigo Nani ou Quaresma. O importante é o grupo», atirou.

O lateral também recusou a ideia de Portugal ter uma equipa envelhecida, apesar de ser das mais experientes presentes em França: «Também temos jogadores jovens. Com a mistura que temos, com a juventude e a qualidade dos jovens, iremos necessitar das duas coisas. São meros números, temos de demonstrar que estamos bem, sobretudo fisicamente. Temos visto que jogos do Europeu têm sido muito desgastantes fisicamente e muito rápidos.»

Se vai ser titular ou não, Vieirinha deu a resposta da praxe: «Isso tem de perguntar ao mister, tenho trabalhado como todos os 23, não fujo à regra.»

A presença dos adeptos portugueses em Marcoussis é tema recorrentes nas conferências de imprensa desde o primeiro dia. «Espero aquilo que toda a gente viu, um excelente apoio. Os emigrantes são muitos, vamos de certeza jogar em casa em todos os jogos, e vamos tudo fazer para dar alegria a quem nos tem dado estas manifestações de apoio. Tem sido um apoio importante, temos muita gente aqui em França, não só em Marcoussis.»

O primeiro-ministro António Costa e o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa visitaram este sábado jogadores e equipa técnica, outra manifestação de que o país espera bastante da Seleção. «Vieram dar-nos apoio, como fizeram em Lisboa. Sabermos que temos o apoio deles e de todos os portugueses», comentou.

Os incidentes em Marselha, entre adeptos ingleses e russos, também foram analisados pelo internacional, que se mostra confiante de que sejam caso isolado. «Passar ao lado não passa, mas as autoridades competentes vão fazer o seu melhor para que os incidentes não se repitam. Não ajuda à imagem do futebol e à festa que todos gostaríamos que fosse. Cabe as autoridades fazer o melhor possível», concluiu.