Ricardo Quaresma negou que Portugal esteja no grupo dos favoritos para a fase final do Europeu de França, que arranca a 10 de junho.

Em declarações aos jornalistas antes do treino desta quinta-feira, o extremo do Besiktas, justificou por que razão a equipa das quinas não está na pole-position juntamente com outras seleções.

«O que falta para sermos favoritos? Continuar a trabalhar, ganhar jogos e títulos. Nós nunca ganhámos títulos», reiterou, lembrando outras equipas em prova que já conquistaram campeonatos da Europa e que partem, por isso, em vantagem. «Há que fazer o nosso trabalho e dentro de campo demonstraremos que queremos e que conseguimos chegar onde queremos.»

Apesar disso, Quaresma garantiu que há a ambição de fazer história. «Somos muito ambiciosos. Temos vontade de ganhar e de fazer algo pelo nosso país. Estamos a trabalhar para isso», referiu.

O jogador, de 32 anos, admitiu que o Europeu de França deverá ser também o último da carreira. «Provavelmente vai ser o último, mas ainda não estou a pensar nisso», considerou, prometendo total empenho para alcançar um inédito título naquela que, admitiu, poderá ser uma das últimas oportunidades de alguns jogadores para alcançarem uma conquista pela Seleção. «Acho que toda a gente tem isso na ideia. Vamos dar tudo e trabalhar na máxima força para que possamos sair da Seleção pela porta grande e fazer algo pelo nosso país, o que ainda ninguém conseguiu fazer.»

Quaresma considerou que os portugueses acreditam mais no potencial da Seleção do que em outras alturas. «Sinto que os portugueses estão confiantes de que podemos ganhar este Europeu e nós também temos isso na cabeça, mas sabendo das dificuldades que iremos ter. O que mudou para acreditarem mais em nós? Não posso dizer o que mudou. Mas sinto que as pessoas têm uma confiança muito grande nesta seleção», completou.