*Enviado-especial ao Euro 2016

O estado físico de Ricardo Carvalho, um dos mais velhos da Seleção, foi também abordado na conferência de imprensa desta sexta-feira, em Lens, onde Portugal defronta a Croácia, nos oitavos de final do Euro 2016.

«Se me perguntar sobre cada jogador, um a um, a resposta será sempre nim, excepto os que não jogaram e em quem eu tenho toda a confiança. Para os que participaram em todos os jogos a resposta é nim», disse Fernando Santos, que fala das diferenças inerentes de um final de ano desportivo: «Se fosse no início da época, como nos jogos da Liga dos Campeões, 72 horas de intervalo é um período normal. No fim de uma temporada seria normal 73 ou 74, a Croácia tem um pouco mais e preferiríamos, tal como a Croácia, ter mais tempo. Não vamos arranjar desculpas, alibis. A frescura mental pelo prazer que há em jogar pela Seleção compensa muito, mas não tudo. Alguns jogadores têm de apresentar mais cansaço, e eu e a equipa técnica vamos ver quem pode jogar 90, 120 minutos, e apresentar a melhor equipa, aquela que melhor pode servir a nossa estratégia. Estamos preparados para isso. O André Gomes enquadra-se, tem jogado os jogos todos, e quem tem jogado mais é natural que tenha algum cansaço e que isso tenha alguma influência no seu rendimento.»

O treino em Marcoussis, sobretudo depois de uma viagem demorada, fez ainda mais sentido para o selecionador: «São 72 horas, preferimos treinar de manhã e descansar depois. A alimentação é importante, mas para mim o sono fundamental para a recuperação. Quisemos dormir descansados, nas camas em que estamos habituados. Treinámos às 11 horas, uma hora normal, tivemos dez de repouso, descansámos. Esperávamos estar mais cedo aqui, mas não é por isso que não vamos estar prontos amanhã.»

Os jornalistas quiseram saber se Renato Sanches entraria de início frente ao croatas. «Faz parte da equipa de Portugal e amanhã vocês verão», atirou.