A sua revista digital*Enviado-especial ao Euro 2016
Danilo admite que não é fácil gerir as críticas que vêm de fora sobre o futebol apresentado pela Seleção Nacional no Euro 2016. O médio vê essas palavras como incentivo.
«As críticas só dão mais motivação. Não é nada verdade o que dizem, se tivéssemos feito as coisas mal não estaríamos aqui, as críticas passam-nos completamente ao lado», começou por dizer, antes de se contrariar um pouco: «Não vamos ser eliminados, e vamos dar uma boa resposta. Só assim podemos calar os críticos, e fazer com que acreditem mais na Seleção e façam críticas mais positivas.»
O tema prosseguiu na conferência de imprensa deste domingo. «Têm dado sempre mais motivação. Não é fácil estar no meio das críticas, mas sabendo que criticam temos mais vontade de mostrar o contrário. Não tem sido fácil de gerir.»
O centrocampista alinhou pelo discurso de Fernando Santos e pelo seu realismo: «O selecionador tem apresentado um estado de espírito ganhador. Não é um pensamento negativo, mas, pelo contrário, muito positivo. Já houve alturas em que jogámos muito bem e perdemos, e ficou o pensamento que se tivéssemos feito melhor poderia sido diferente. Temos sido perfeitos no contexto do jogo. Prefiro estar aqui jogando feio do que jogando bonito e estando em casa.»
Recusou ainda a ideia de facilidades no percurso da Seleção nesta fase final. «Os nossos adversários estão abaixo de nós no ranking FIFA, mas são fortes. Se estão aqui é porque fizeram o máximo. O ranking não influencia o estilo de jogo ou a capacidade do adversário. Este Euro apresentou-nos dificuldades particulares, equipas organizadas e que nunca são fáceis de defrontar», sublinhou.
Danilo disse estar no meio de «um grupo muito ambicioso, que tem deixado as dificuldades extra-futebol para trás e está concentrado no Euro, o que tem facilitado o trabalho», e que «acredita a cem por cento» no objetivo delineado pelo treinador «ainda na fase de qualificação». Falta «atingir a fasquia, que não está alta». E se Portugal passar Gales, «uma final com a França seria bom».
