E no jogo mais amigável do Euro 2020, os Países Baixos venceram a Macedónia do Norte (3-0), e terminam o grupo C com o pleno de vitórias.
E amigável porquê? Primeiro, porque as duas seleções entraram no tapete verde da Johan Cruyff Arena com a vida mais do que decidida. Os holandeses já tinham o apuramento garantido, os balcãs sabiam que faziam a despedida da competição, eles que estavam em estreia.
Depois, porque a tarde era de despedida para o mítico Goran Pandev, ele que anunciou antes do encontro que ia retirar-se da seleção.
Mas desengane-se quem pensa que este não foi um jogo bem disputado.
Em Amsterdão, até foi a Macedónia a entrar mais espevitada: Trijkovski bateu Stekelenburg, mas o lance foi invalidado por fora de jogo – de centímetros, diga-se.
A partir daí, a Laranja Mecânica impôs a lei do mais forte de forma natural.
Malen e Depay – o ataque escolhido por Frank De Boer – atacavam a profundide ofensiva, Wijnaldum chegava para as sobras. E isso foi bastando, sem direitos a grandes calafrios.
Aos 24 minutos, Malen e Depay combinaram em contra-ataque e o avançado do Barcelona fez o 1-0. Na segunda parte, aos 51 minutos, o próprio Depay assistiu Wijnaldum, antes de o trio voltar a cozinhar o 3-0 – coube a Wijnaldum, depois de um passe genial de Malen para Depay, bisar e fechar o resultado em 3-0.
Depois disso, pouco mais há a contar em termos de jogo jogado. Os Países Baixos foram procurando o quarto golo sobretudo através de contra-ataque, a Macedónia do Norte foi, de forma muito digna, tentar pelo menos o golo de honra.
Há sim, para contar, a despedida de Pandev. 20 anos, 122 internacionalizações e 37 golos depois, o experiente avançado do Génova retirou-se da seleção.
Se antes da partida, Pandev já havia surpreendido pela oferta de uma camisola por parte de Wijnaldum, o melhor estava reservado para os 69 minutos: o jogador de 37 anos foi substituído debaixo de um forte aplauso de todo o estádio e com direito a guarda de honra dos companheiros de equipa.
Os Países Baixos seguem para os «oitavos» com um registo perfeito – um sério aviso à concorrência –, enquanto a Macedónia do Norte despede-se do primeiro Euro da história sem qualquer ponto conquistado, e agora sem a maior figura do futebol no país. Esse, teve uma despedida amargurada.