O prematuro afastamento da Itália no Euro 2016 de futsal esteve em grande destaque na imprensa transalpina desta quarta-feira, com o prestigiada Gazzetta dello Sport a escrever mesmo que «o golpe foi muito forte».

Por baixo do título «O Europeu acabou. K.O. nos quartos-de-final frente ao Cazaquistão», o jornal desportivo com maior expressão no país assinala ainda que «os azzuri tiveram um colapso e perderam logo o primeiro jogo a eliminar por 5-2».

No corpo da notícia pode ler-se: «A Itália, uma das favoritas, realizou uma fase de grupos do europeu de enorme qualidade mas logo no primeiro jogo do mata-mata foi batida pelo Cazaquistão, que vai agora jogar uma das meias-finais da prova com a Espanha. A seleção italiana teve um mau início de jogo, talvez porque jogou no domingo (com a Rep.Checa), enquanto os cazaques tiveram mais dois dias de descanso (pois jogaram na sexta-feira com a Ucrânia).»

A Gazzetta destaca ainda «o posicionamento do guarda-redes Higuita (do Cazaquistão)», sublinhando que «atuou sempre como um quinto jogador». De acordo com o artigo, isso permitiu «prolongar a posse de bola da equipa» mas tornou o jogo muito chato. «Daí que a primeira oportunidade de golo tenha acontecido só aos onze minutos num remate de Douglas bem defendido por Mamarella.»

Segundo este diário italiano, os ainda campeões da Europa em título só «apareceram no jogo depois do intervalo, altura em que a Itália mostrou também alguma infelicidade em remates de Lima e Canal».

Afastada prematuramente do Europeu, a seleção italiana vira já atenções para o Mundial (que se realiza também este ano). A Gazzetta dello Sport sublinha que «na próxima sexta-feira em Belgrado, vai acontecer o sorteio do playoff (que se joga a 22 de março e 12 de abril) e é importante que a Itália marque presença na Colômbia, em setembro próximo»”.

A noticia que o jornal dedica ao futsal esta 5ªfeira acaba mesmo com esta frase: «O golpe foi muito forte mas não há tempo para chorar.»

No CALCIO A 5 – ANTEPRIMA, um site dedicado exclusivamente ao futsal italiano, dá-se voz ao selecionador nacional e aos jogadores da seleção ainda campeã da Europa em título.

Roberto Menichelli reconhece que a Itália «não jogou bem», lamenta que a equipa «não tenha conseguido manter a qualidade dos dois primeiros jogos», mas garante que «este ciclo ainda não acabou». E continua: «Viemos a Belgrado com doze campeões europeus.»

A derrota sofrida com o Cazaquistão levanta, no entanto, a questão sobre o futuro da seleção italiana. Menichelli diz que não vai mudar a sua forma de pensar: «Um ciclo que termina? Até ontem éramos os melhores porque marcámos dez golos e não sofremos nenhum. No dia seguinte não passamos a ser a pior equipa. Foi apenas um mau jogo. Acredito que estes jogadores ainda podem jogar a um bom nível.»

No que diz respeito aos jogadores, o site Calcio a 5 –Anteprima destaca esta frase de Massimo de Luca: «Agora as pessoas são livres de criticar, mas nós saímos daqui de cabeça erguida! Estou muito orgulhoso e orgulhoso deste grupo. Para o bem ou o mal estivemos sempre unidos.»

Já Gabriel Lima refere que foi uma «pancada muito forte» a que sofreram. «Nós não praticámos o nosso futsal habitual. É um duro golpe, mas estou sempre orgulhoso dos meus companheiros com quem vivi momentos incríveis.»

Por fim, Mauro Canal que lamenta o facto de a squadra azzurra «ter dado a primeira parte de avanço» e depois não ter conseguido «entrar na discussão do resultado». E conclui: «Os dois golos marcados pelo Cazarquistão na 2ª parte acabaram por matar-nos