A seleção portuguesa de sub-21 tem pela frente, nesta sexta-feira, o último jogo da fase de grupos do Europeu da categoria. Vencer é imperativo. E golear também.

Colocado no Grupo B do Euro sub-21, Portugal não joga com todos os fatores da equação. Porque há concorrentes diretos que jogam apenas sábado e que, portanto, têm uma vantagem que os jogadores de Rui Jorge não possuem.

Ainda assim, há uma certeza: é preciso golear a Macedónia. Pode ser difícil, claro, mas neste escalão a equipa portuguesa até já goleou a Alemanha…nas meias-finais do último europeu.

Ricardo Horta marcou nos 5-0 à Alemanha

Golear=marcar quatro golos

A Eslováquia é, para já, a equipa a ultrapassar. Venceu a Suécia por 3-0 e ficou no segundo lugar do grupo A.

Portugal não pode ser primeiro e, agora, só tem hipótese de chegar às meias-finais se fizer os mesmos seis pontos dos eslovacos e se marcar quatro golos. Se o fizer, pode dar-se ao luxo de sofrer um.

Se não fizer quatro golos, está automaticamente eliminado!

Ou seja, é mesmo obrigatório marcar muito à Macedónia. Até por precaução pelo que pode vir lá no sábado. E esse é o dado oculto do enontro desta sexta-feira.

A seleção parte com três marcados e três sofridos, tal como estavam os eslovacos e tal e qual estão República Checa e Itália, duas seleções que estão atrás da Alemanha no Grupo C…mas que a podem igualar.

Quantas vezes uma equipa de Rui Jorge goleou?

As equipas de sub-21 têm uma durabilidade de, praticamente, dois anos, pelo limite de idade. Ainda assim, há nesta seleção jogadores que estiveram nos 5-0 aplicados à Alemanha, no Europeu de 2015.

Nenhum deles foi titular, mas João Cancelo entrou no decorrer do encontro e Rúben Neves, Gonçalo Paciência e Iuri Medeiros faziam parte do lote. Já Ricardo Horta apontou um dos golos, saindo do banco.

Pelo adversário e pelo momento, esse foi o resultado mais expressivo da seleção sub-21 sob comando de Rui Jorge. Mas não foi o mais dilatado.

Portugal venceu 9 vezes por mais de três golos de diferença, o resultado que precisa de imediato. E se juntarmos um 5-1 frente à Suíça, são dez as vezes que conseguiu o resultado que precisa no imediato.

A maior diferença aconteceu frente à frágil seleção do Liechtenstein, em outubro do ano passado. Aliás, a equipa do principado também perdera por 4-0 em março de 2016.

Em 2015, a Albânia perdeu por 5-0 e por 6-1. Tal como a Polónia a 10 setembro de 2013. Cinco dias antes, a seleção tinha aplicado o resultado de 5-1 à Noruega. Os 5-2 à Suíça foram em agosto do mesmo ano e a primeira goleada de rui Jorge aconteceu frente à Moldávia, em novembro de 2011.

São estes resultados que Portugal tem de procurar, para poder manter a esperança na qualificação. A equipa nacional tem de causar ainda mais confusão no Grupo C. Cada golo será uma pequena tempestade nas contas de alemães, italianos e checos que lutam entram eles pelo primeiro lugar, mas que, com conhecimento do resultado da seleção portuguesa, podem apontar melhor a mira ao segundo posto.

A ameaça em campo

Claro que não se deve esquecer a Macedónia. Afinal, há um adversário em campo. E ele promete dar luta. O selecionador da equipa, Blagoja Milevski, foi direto ao assunto.

«Ninguém nos pode subestimar, porque vamos jogar ao melhor nível. Têm uma boa equipa, com muitos jogadores a atuar ao mais alto nível em grandes equipas da Europa. Mas a França também tinha uma grande equipa e agora estão a ver este torneio pela televisão. Este jogo com Portugal será decidido no relvado.»

O jogo será, a passagem às meias-finais poderá não ser exatamente naquele relvado em que Portugal e Macedónia se vão defrontar.  

Apesar das complicadas contas e perspetivas, o caminho é agora claro: rumo ao golo. Rui Jorge vai mesmo ter de correr todos os riscos. E mesmo que resulte na sexta, pode não resultar no sábado.