São cada vez mais os governos europeus que estão a reforçar as garantias sobre os depósitos dos particulares.

Depois da Irlanda e da Grécia, a Alemanha anunciou durante o fim-de-semana que garantiria a totalidade dos depósitos alemães, numa tentativa de estancar a crise financeira e o pânico em torno dos bancos, ameaçados pela falta de liquidez.

Entretanto, à lista juntaram-se a Suécia e a Dinamarca. No caso da segunda, estão também garantidos todos os depósitos, num acordo alcançado entre o Governo e as instituições de crédito comercial daquele país, que passam pelo fornecimento por parte destes bancos de 35 mil milhões de coroas (4,69 mil milhões de euros) a um fundo que vai assegurar os depósitos. Já a Suécia, duplica as garantias sobre os depósitos para 500 mil coroas suecas (51,47 mil euros).

Espanha só age se Europa não encontrar acção concertada

A Espanha está disposta a garantir os depósitos bancários dos seus particulares, disse o ministro da Economia do país vizinho, Pedro Solbes, embora este tenha defendido que seria preferível que a União Europeia tomasse uma posição conjunta face à actual crise financeira.

«Vou hoje ao Luxemburgo com a intenção de chegarmos a um acordo comum. Evidentemente, se isso não for atingido, o mais provável é que façamos a nossa reflexão e, se tivermos de tomar uma decisão, tomá-la-emos», disse Solbes, quando questionado pela imprensa espanhola sobre a possibilidade de aumentar a garantia sobre os depósitos. Solbes participa da reunião dos ministros das Finanças e Economia da Zona Euro.

À margem da tomada de posse do presidente da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o ministro reiterou que em Espanha «nenhum depositante tem em risco nenhum dos seus depósitos».

A avançar com a medida, a Espanha não seria a primeira. Com a falta de liquidez a deixar muitos bancos à beira da ruptura, foram já vários os países europeus que reforçaram as garantias sobre os depósitos bancários para tentar conter o pânico. Foi o caso da Alemanha, Irlanda e Grécia.

Em Espanha, à semelhança o sistema garante um mínimo de 20 mil euros por titular e conta, conforme as regras da Comissão Europeia. Em Portugal a garantia é um pouco superior: 25 mil euros por titular.