O central Fabrício Lopes, que terminou contrato com a Naval no final da última época, garante que o clube lhe devia dois meses de ordenado quando os figueirenses solicitaram a inscrição na Liga, isto é, até 24 de Maio.
Contactado pelo Maisfutebol na Alemanha, onde entretanto prosseguiu a carreira, o brasileiro revela que já lhe foi paga uma parte da dívida, embora depois da data-limite estabelecida para o licenciamento dos clubes, mas promete recorrer para a Liga caso o restante não lhe seja pago muito em breve.
«A Naval devia-me o mês de Abril e Maio e ficaram de acertar comigo. Porém, os outros jogadores receberam o salário e eu não. Ontem à tarde, aí, eles fizeram o depósito de um mês de ordenado e disseram que na segunda depositariam o restante», começa por explicar o defesa ao nosso jornal, garantido ainda não ter dado, antes de deixar a Figueira, o seu consentimento para receber os valores em causa mais tarde: «Não...não assinei nada. Se tiver lá alguma assinatura minha, é falsificada.»
Fabrício Lopes diz que nada o move contra o antigo clube e apenas quer receber aquilo a que tem direito: «Não tenho interesse no momento em prejudicá-los, a não ser que não cumpram com a palavra deles. Penso que só serão prejudicados caso eu denuncie à Liga, mas até então ainda não sei. Deixei com o meu advogado e ele vai resolver. Segunda-feira é o prazo, não deixarei passar nem mais uma hora. Se não me pagarem, vão ficar numa situação complicada.»
Da parte do clube, o silêncio voltou a imperar embora o entendimento da questão, apurou o Maisfutebol, seja diferente, pois consideram os responsáveis figueirenses não existir nem ter existido na altura da inscrição qualquer dívida para com o seu ex-jogador.