Mário Bolatti chegou ao F.C. Porto envolto em grande entusiasmo, mas acabou por não se dar nada bem no Dragão. Acontece com vários jogadores. No momento de regressar à Argentina, após ano e meio vestido de azul e branco, a maior conclusão que se tira é que o trinco foi uma contratação que saiu cara aos bolsos do F.C. Porto: 3218 euros por cada minuto jogado, o que incluiu todas as provas.
O argentino, recorde-se, foi contratado ao Belgrano depois de uma longa disputa com o Desportivo da Corunha. Uma disputa que meteu o Tribunal Administrativo de Córdoba pelo meio. O Belgrano estava no Verão de 2007 a ser gerido por um tribunal por dívidas a credores. Por isso todas as transferências eram negociadas pelo tribunal, que ficava com o dinheiro das mesmas para saldar dívidas do clube.
O Tribunal Administrativo decidia por isso entre as várias propostas a que aceitava, escolhendo naturalmente a mais alta. O que inflacionou o preço de Bolatti. O F.C. Porto começou por oferecer cerca de 1,2 milhões de euros, mas foi obrigado a cobrir a proposta do Corunha: 1,9 milhões de euros. Pagou por isso 1,980 milhões, mais 400 mil euros de despesas do processo. Ao todo 2,398 milhões de euros.
Durante ano e meio, Bolatti pouco jogou. Ao todo fez apenas 19 jogos, divididos entre todas as competições: 18 em 2007/08, um jogo em 2008/09. Ora desses 19 jogos, em 13 foi suplente utilizado e apenas em seis foi totalista: Fátima, para a Taça da Liga, Leixões, Setúbal, V. Guimarães e Naval, para a Liga, na época anterior, e Nacional, também para a Taça da Liga já esta temporada.
Ao todo, somando todo o tempo jogado, Bolatti esteve em campo, em época e meia, 745 minutos. O que dá pouco mais de oito jogos completos. Cada minuto que o argentino passou em campo custou por isso 3218 euros. Cada jogo completo, somando os vários minutos feitos, custou ao F.C. Porto 292.439 euros. Estas contas excluem naturalmente os salários do atleta. Referem-se apenas ao preço da aquisição.