O F.C. Porto emitiu há minutos um comunicado em que pretende clarificar a sua posição em relação à interpretação do estatuto dos «stewards», no dia em que a Liga de Clubes aprovou em Assembleia Geral várias alterações aos regulamentos e passou a considerá-los agentes desportivos.

Os dragões mantêm a posição que tiveram quando da defesa de Hulk e Sapuranu, que viram a pena reduzida por serem considerados público pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, ao contrário do que tinha acontecido meses antes pela Comissão Disciplinar da Liga que os interpretou, como deverá passar a acontecer agora, como agentes desportivos.

«O que sempre esteve em causa no processo disciplinar que envolveu os atletas Hulk e Sapunaru foi a qualificação dos stewards enquanto intervenientes no jogo e nunca como agentes desportivos. O FC Porto continua a defender, coerente e obviamente, que os stewards não são intervenientes no jogo», pode ler-se no documento.

A SAD portista revela ainda que uma proposta sua de limitação de funções aos agentes desportivos e ao número de funcionários presentes em cada local dos estádios foi recusada. «Nas propostas apresentadas em sede de AG da LPFP, o FC Porto pretendeu apenas fixar e clarificar os efeitos da circular dirigida pelo Director de Planeamento de Operações da LPFP aos Delegados da LPFP após os incidentes no Estádio da Luz, adequando-os à sua específica tarefa. Esta reacção traduziu-se tão só na proposta de que os stewards, e no que diz respeito à zona técnica, passassem a ter única e exclusivamente funções de controlo de acessos, propondo ainda um limite de dois por cada um desses acessos. Proposta esta que não foi aprovada, numa decisão cujas consequências, durante a próxima temporada, são imprevisíveis.»

A concluir, o F.C. Porto «sublinha que nunca mudou nem mudará de opinião em relação ao estatuto dos stewards» e ressalva ainda que «nenhuma das propostas aprovadas pela AG da LPFP tem como consequência que passe a ser interveniente no jogo».