F.C. Porto em crise de identidade: soluções e explicações para uma época de mudança

A dúvida paira no ar. Onde está o F.C. Porto campeão nacional e europeu, que ultrapassou todos as barreiras e afirmou-se como uma das equipas mais difíceis de bater do velho continente? Em poucos meses, surgem enormes dúvidas sobre a valia de um conjunto identificado com princípios de jogo muito concretos e que, neste momento, atravessa uma crise de identidade, para além de os resultados não serem os mais positivos.
Interessa aqui, mais do que a comparação óbvia entre o período Mourinho e pós-Mourinho, tentar perceber a filosofia Fernández. Maisfutebol debateu ideias com dois especialistas em tácticas, formados na Faculdade de Educação Física da Universidade do Porto. Nuno Amieiro e Bruno Oliveira não escondem a sua admiração pelo trabalho de José Mourinho, mas não deixam de tentar trilhar caminhos próprios, pelo que afirmam ideias concretas, lançando abordagens próprias sobre o que vai sucedendo com os dragões.
Confirmando as análises que têm vindo a ser feitas pelos jornalistas, o maior problema está mesmo na falta de identidade, na ausência de um objectivo, porque Victor Fernández ainda não terá conseguido envolver os jogadores naquilo que deseja implementar. Em 4x3x3 ou 4x4x2, o F.C. Porto sente enormes dificuldades de afirmação dentro de campo.
Apesar de terem muitas afinidades, Bruno e Nuno divergem em alguns pontos. Enquanto o primeiro fala na necessidade de ser melhorada a metodologia de treino, o segundo até percebe os objectivos do técnico aragonês e fala em alguma falta de sorte na finalização. Em todo o caso, a ausência de Deco é notada, assim como a de Maniche, que continua lesionado, sendo que nos três jogos que falhou o F.C. Porto não passou do empate.
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