Maicon desfez o nulo no embate entre F.C. Porto e Évian. O brasileiro terminou a época como principal referência defensiva dos dragões e entra com o pé direito na nova temporada. Agora, até marca livres diretos. Golo ao cair do pano na despedida do estágio na Suíça (1-0).

O único tento do encontro surgiu apenas ao minuto 88. Até lá, a principal nota de destaque era Fabiano Freitas. Os adeptos que esperariam a estreia de Jackson Martínez contentaram-se com bons momentos de outro reforço dos dragões. Fabiano, contratado ao Olhanense como solução de médio prazo, abriu o apetite dos seguidores portistas.

Minuto 48. Fabiano entrara pouco antes para fazer a sua estreia com a camisola do F.C. Porto. Na primeira intervenção, evita um golo de forma milagrosa. Mmadi surgiu isolado na área, em posição duvidosa, e rematou para uma defesa soberba do brasileiro.

Jackson Martínez, chegado a meio da semana, ficou de fora. E, assim, Fabiano foi mesmo a única cara nova com direito a aparição no embate com o Évian. Pelo meio, alguns jovens com sede de protagonismo e alguma ansiedade a condicionar os movimentos. Oportunidade perdida para muitos deles.

Fórmula interessante para potenciar

Vítor Pereira manteve grande parte das apostas, em relação ao triunfo frente ao Servette. Adaptou Djalma e Mangala aos flancos da defesa. Christian Atsu mereceu novamente a confiança do técnico, repetindo a titularidade à esquerda. James Rodriguez passou o seu tempo entre a direita e o centro.

A fórmula, interessante e expetável ao longo da temporada 2012/13, assentava nos seguintes pressupostos: Mangala, central de raíz, subia menos que Djalma; o angolano explorava o seu flanco com regularidade e James aparecia no meio, jogando nas costas do ponta-de-lança Kléber. Pormenores de alguma qualidade neste plano, mas sem golos.

Atsu, o elemento mais empolgante no confronto com o Servette, teve uma bela oportunidade ao 21º minuto. O jovem ganês surgiu pela direita, recebeu de Fernando e rematou sem preparação, a centímetros do poste. No seu flanco, contudo, não causou grandes estragos.

O jogador, que deixara excelentes indicações com a camisola do Rio Ave na época passada, denotou alguma ansiedade (e cansaço, provavelmente), ao longo dos primeiros quarenta e cinco minutos. Vítor Pereira trocaria Atsu por Iturbe, ao intervalo. Dois jovens para compensar a ausência de Hulk.

O F.C. Porto esperava e desesperava por criatividade no setor ofensivo. Lucho González não alimentou o jogo com a qualidade habitual, Defour foi esforçado mas pouco mais, Kléber teve menos oportunidades que no embate com o Servette (bisou frente aos suíços).

Maicon aparece mais uma vez

Sem grande entusiasmo ou rasgos de génio, a partida foi correndo para o seu final. Ao intervalo. Vítor Pereira começou a mexer no onze. Quem entrou, contudo, não acrescentou qualidade. Iturbe ainda tentou agitar o jogo, mas a etapa complementar soou a oportunidade perdida para os jovens que tentar agarrar um lugar no plantel.

O Évian ainda causou alguns embaraços a Fabiano Freitas, o único reforço. O brasileiro fez por merecer a confiança.

Já depois de Janko se ressentir do problemas físicos que o tem perturbado nos últimos dias (Kléber teve de voltar ao relvado), Maicon desfez o nulo na cobrança exemplar de um livre direito. Confiança crescente do brasileiro, uma das esperadas referências para a próxima época.

Eis o onze:

F.C. PORTO: Helton; Djalma, Maicon, Otamendi e Mangala; Defour, Fernando e Lucho González; James Rodriguez, Kléber e Christian Atsu.

Jogaram ainda: Fabiano, Iturbe, David, Castro, Janko, Pedro Moreira, Kelvin, Mikel.