Tudo começou a 28 de Novembro de 2005. À custa, imagine-se, de Jesualdo Ferreira. Nessa noite de muita chuva, o F.C. Porto venceu em Barcelos o Gil Vicente por 1-0 e afastou o Sp. Braga (de Jesualdo) da liderança da Liga. No próximo domingo completam-se exactamente 1000 dias ¿ quase três anos - desde então. E não mais os dragões conheceram outra posição no campeonato que não o primeiro lugar. O F.C. Porto está há um milhar de dias no comando do campeonato nacional.
Ora, o Maisfutebol fez as contas e foi ao baú de recordações. Antes de mais, então, a matemática. Somando os 33 dias de líder em 2005, com os 365 em 2006 e 2007, mais os 237 do presente ano chegamos ao número mágico: 1000. Um feito absolutamente marcante e completado, curiosamente, no fim-de-semana de arranque da Liga 2008/09.
Uma noite de tormenta e polémica em Barcelos
Disputava-se a 12ª jornada do campeonato de 2005/06. O F.C. Porto partira para essa ronda a três pontos de um surpreendente Sp. Braga, orientado precisamente por Jesualdo Ferreira. Os minhotos jogaram frente ao Nacional da Madeira, a 25 de Novembro, e perderam por 1-0.
Três dias depois, os azuis e brancos ainda sob orientação de Co Adriaanse foram a Barcelos e venceram com um golo de Lucho Gonzalez aos 29 segundos (!!). Mas não sem alguma polémica à mistura. Numa partida disputada debaixo de difíceis condições meteorológicas e sempre muito movimentada, César Peixoto terá cometido clara grande penalidade sobre Carlitos. No final, o extremo minhoto disse que até o lateral esquerdino «viu que era penalty».
Os dragões passavam a liderar a tabela classificativa, lado a lado com o Nacional da Madeira treinado por Manuel Machado, mas beneficiando de superioridade no confronto directo.
Três anos de domínio praticamente incontestado
Nessa época de 2005/06, o F.C. Porto sucederia ao Benfica de Giovanni Trapattoni e voltaria a ser campeão nacional. Os dragões encerraram a temporada com 79 pontos, mais sete do que o Sporting e mais 12 do que o Benfica. O Sp. Braga, com Jesualdo Ferreira ao leme, escorregou até ao quarto posto, a 21 pontos dos campeões.
Em 2006/07, o F.C. Porto começou por vencer a União de Leiria por 2-1 e não mais largou o posto mais invejado da classificação. À terceira jornada, e depois das derrotas do Sporting (no encontro da célebre mão de Ronny, contra o Paços Ferreira), do Sp. Braga e da Naval 1º de Maio, o F.C. Porto já estava isolado na liderança. Estatuto que manteria até ao fim da prova, apesar da boa réplica dos leões (ficaram a um ponto) e do Benfica (a dois).
Na pretérita edição da Liga, o Marítimo ainda acompanhou o ritmo do tango portista até à quarta jornada, altura em que as duas equipas se defrontaram no Dragão. O F.C. Porto venceu aí por 1-0 (golo de Lisandro Lopez) e disparou para o tricampeonato. No final, 14 pontos de distância para o Sporting, 16 para o V. Guimarães e 17 para o Benfica.