A Fórmula 1 parece não conseguir largar o manto da polémica, mesmo que o assunto nem seja a inscrição das equipas na próxima temporada. A nova controvérsia surge na sequência de uma entrevista de Bernie Ecclestone, patrão da F1, que elogiou Adolf Hitler.
«Dizer isto pode ser terrível, mas ainda que Hitler se tivesse deixado levar a dada altura, e tivesse feito coisas que não sei se queria fazer ou não, o que é certo é que estava em posição de mandar em muitos, e conseguir que se fizessem coisas», disse o inglês ao «The Times».
Ainda que diga que Hitler «perdeu-se no final», e que por isso «não foi um bom ditador», Ecclestone tece-lhe elogios. O patrão da Fórmula 1 é mesmo defensor dos regimes totalitários. «A democracia não fez muitas coisas boas em muitos países», sustenta.
As declarações polémicas não se ficaram por aqui. Ecclestone diz ainda que os políticos «metem-se nos países sem conhecer as suas culturas». «Os Estados Unidos pensaram, porventura, que a Bósnia era uma cidade de Miami», disse. Posto isto, o inglês não tem problemas em dizer que afastar Saddam Hussein do poder no Iraque foi «uma má ideia».