João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, na sala de imprensa, após igualdade (2-2) frente ao Desp. Chaves:

«O incentivo para sermos mais rápidos e pressionantes foi ter sofrido golo porque a partir daí fomos superiores e mais fortes. Tivemos várias ocasiões de golo, obrigamos o Chaves ao erro e até ao final da primeira parte estivemos muito bem.

Fazendo, a quente, uma análise do que aconteceu ao intervalo, pode ter passado pela sensação de que o jogo estava controlado e que se as coisas corressem da mesma forma facilmente iriamos ganhar o jogo. Isso no futebol não existe porque as equipas adversárias são fortes, a equipa adversário reagiu, alterou a forma de pressionar e começou a condicionar o nosso jogo.

A partir do primeiro minuto da primeira parte deixamos de ser rápidos e agressivos e fomos perdendo o controlo do jogo. A equipa começou a ficar nervosa e ansiosa, não conseguiu perceber como é que iriamos reagir e quando quisemos fazer não conseguimos. Depois reagimos de uma forma desorganizada. Falhámos ocasiões que, se calhar, não poderíamos falhar e teríamos de fazer de uma forma mais consistente. Foi um empate que nos custa a aceitar porque percebemos que durante a primeira parte éramos a equipa mais forte. Não ganhámos o jogo por culpa própria.

[gastou duas substituições com defesas] O nosso lateral direito funcionava como extremo, obrigando o Chaves a fazer uma linha de cinco. O Nathan não estava a ter o rendimento que achei que pode ter e alterei. No caso do Justin, notei alguma fadiga e intranquilidade na saída de bola e mudei para o Otávio porque é muito rápido e o Chaves podia criar perigo numa transição.

[o que falta a este Famalicão?] Falta construir uma equipa consistente, é o que nos falta. Temos de ficar com uma equipa mais madura e isso só acontece com o tempo, com o treino, com o jogo, com o crescimento dos jogadores e é isso que está a acontecer. No ano passado por esta altura tínhamos menos pontos que este ano e o objetivo era parecido com este. Assumimos que podíamos ter feito mais pontos, podíamos ter feito mais pontos, mas se me pedir uma análise global, agora que falta uma jornada para acabar a primeira volta, digo que dificilmente poderíamos fazer mais.

[mercado] Não escondo que é necessário chegar gente para a frente, gente com outro perfil, porque precisamos de ter um ataque forte e que meter mais golos».