Daúto Faquirá quer que os jogadores do Olhanense aproveitem o jogo com o Benfica para garantirem a manutenção e, acima de tudo, melhorem a imagem que a equipa tem deixado nesta segunda volta da Liga.

«Vamos aproveitar esta oportunidade e a motivação de jogar contra o Benfica para carimbar definitivamente as contas da manutenção. Sabemos que isso vai ser um dado que vamos adquirir e se o fizermos no domingo perante os nossos adeptos terá um sabor especial», deseja Daúto.

E, se a sua equipa puder aliar ao objectivo uma boa exibição, o técnico agradecerá, até porque sente-se incomodado com o percurso recente. «Em função do que foi a primeira volta e dos condicionalismos que tivemos e que condicionaram o nosso rendimento, belisca-nos o facto de sabermos que não vencemos há nove jogos e que as nossas exibições não estão a ser tão conseguidas como já o foram. Mais do que a questão da pontuação e da guerra da permanência, queremos dar uma imagem mais de acordo com o que já fizemos. É um desafio que colocamos a nós próprios, o de terminar o campeonato com uma imagem mais bonita», pede.

«Desejo que a minha equipa esteja ao seu melhor nível, próximos daquilo que de bom tem feito e que sejamos capazes de fazer um bom jogo, independentemente do Benfica que se apresentar. O mais importante é focarmo-nos naquilo que podemos fazer. Vamos tentar diluir as diferenças que existem, colocando muita vontade e empenho», promete.

Por causa da liga Europa, é previsível que o Benfica faça descansar habituais titulares. «Em função das dinâmicas colectivas, obviamente que é diferente defrontar um onze que tenha feito 90 por cento dos jogos do que outro. Mas essa questão das dinâmicas por vezes acaba por ser suplantada pela vontade que os jogadores menos utilizados têm em querer agarrar as oportunidades que lhes são concedidas», antevê Daúto Faquirá.

«Essas imprevisibilidades que só vão ser dissipadas no momento do jogo reforçam o que já disse: temos que estar preocupados connosco. Mesmo que o Benfica altere jogadores, e reportando-me naquilo que foram os jogos deles em momentos idênticos a este, em situações de constrangimento de gestão do plantel, o Benfica não muda muito em relação à disposição em campo. Não acredito que sejamos surpreendidos, estamos precavidos para qualquer Benfica que possa aparecer», acrescenta.

A luta pela permanência não coloca pressão em Faquirá, que considera privilegiada a situação do Olhanense. «Já tivemos uma maior almofada de conforto e já tinha dito que a nossa vida começa quando saímos dessa zona de conforto. Viver com essa tensão faz parte da vida de um treinador e não é por isso que não durmo nem isso mexe com as minhas convicções. Outros adversários gostariam de estar na nossa posição e de ter os pontos e a tranquilidade que nós temos», vinca.

Para o jogo com os encarnados, o treinador do Olhanense ainda tem incertezas quanto à constituição da sua equipa. «Neste momento temos um cenário mais desanuviado, com o Maurício castigado, o Paulo (Sérgio) que está em dúvida e o André (Micael) que saiu do treino com algumas queixas e vamos ver se poderei contar com ele», diz, por causa da onda de lesões que tem afectado o plantel.