Já a partir do Qatar, Lucho faz uma pausa na correria dos últimos dias e conta tudo sobre a sua saída do FC Porto. El Comandante dá conta dos motivos que o levaram a aceitar a oferta do Al Rayyan, mas também confessa sonhar com um regresso ao FC Porto na pele de treinador.

Na primeira pessoa, as melhores partes da entrevista concedida pelo argentino ao O Jogo:

O ADEUS APRESSADO AO FC PORTO:
«Foi tudo muito rápido porque surgiu esta possibilidade e o prazo para a inscrição na Liga dos Campeões Asiática estava a encerrar. Ia ter jogo pelo FC Porto, com o Marítimo, mas tivemos de resolver tudo em poucas horas. Não era fácil nem para eles nem para mim. (…) Pensei, falei com a família e decidimos que vir era o melhor. Talvez mais tarde não tivesse propostas como esta».

«Queria esperar até junho para ver como me sentia fisicamente e se estava com capacidade para jogar ao ritmo do campeonato português e da Champions. A ideia era renovar, mas quando surgiu esta proposta…»

«Falou-se à noite e no dia seguinte de manhã já me estava a despedir do treinador e do diretor geral [Antero Henrique]. Pensei que voltaria em dois ou três dias, mas assinei e tive de me estrear logo um dia depois».

PRIORIDADE AO ASPETO FINANCEIRO:
«Em Portugal muita gente não entende que se privilegie o aspeto financeiro e questiona-se o futebolista por isso. Mas neste caso os diretores deixaram-me vir porque sabem que sempre dei tudo ao FC Porto, (…) inclusivamente quando preferi voltar e recusei propostas melhores de Itália ou Inglaterra».

FC PORTO:
«Sei que não é uma profissão fácil, mas pode ser que regresse um dia como treinador, porque gostava de continuar ligado ao FC Porto, seja de que maneira for (…)».

BRAÇADEIRA DE CAPITÃO:
«Maicon e Fernando têm experiência e sabem o peso e a responsabilidade que é ser capitão do FC Porto. A decisão cabe ao treinador, mas quando não estive eu e o Helton o capitão foi o Fernando».

SUCESSOR NO MEIO-CAMPO:
«Há Defour, há Herrera, há Josué e Quintero também. O plantel é muito bem formado e qualquer um pode jogar (…). Quintero teve uma boa fase, seguida de uma mais frouxa (…). No entanto, é um miúdo que tem futuro e talento como poucos. Ele entendeu a mensagem que lhe quis passar, bem como o pedido do treinador».