O MOMENTO

Varela e um golo de craque

Não é um bem-amado da casa portista, mas numa noite emque as atenções estavam mais viradas para Quaresma, o melhor momento do jogo foi dele. Um golaço aos 35, a matar o jogo, ao selar o 2-0: progressão, poder físico, técnica e capacidade de tiro. Grande golo.


POSITIVO

Quaresma

Foi (até agora, pelo menos...) o único presente para os portistas no mercado de inverno e o público do Dragão estava sedento de (voltar a) ver as habilidades do extremo português. Depois da entrada em fase de emergência no jogo da Luz, e da utilização na Taça da Liga (em jogo de grau de dificuldade muito baixo), a estreia de Quaresma a titular na Liga foi o grande teste. E Ricardo passou na prova: entusiasmou com fintas e trivelas; esteve no golo de Jackson; criou e fez criar. Ainda não está no ponto, mas também já não está no fundo.

Jackson

A fasquia dos 50 golos estava tão próxima que o colombiano nem quis esperar muito para a alcançar. Abiu o ativo aos 11, em ação de grande oportunidade, à imagem de um «matador». Meia centena de tentos com a camisola portista.

Carlos Eduardo
Tinha sido fundamental para que o FC Porto de Paulo Fonseca recuperasse do pós-Coimbra mas acusava baixa de forma nos últimos jogos (não esteve bem nos combates de Alvalade e Luz). Voltou a dar um ar da sua graça, assinando um belo golo, já nos minutos finais, no 3-0.


NEGATIVO

V. Setúbal
José Couceiro operou uma grande recuperação na equipa, quando sucedeu a José Mota, mas a tendência de descida que revelava nas últimas jornadas foi confirmada no Dragão. Uma equipa macia, pouco acutilante e que, do ponto de vista ofensivo, foi simplesmente inexistente.

Segunda parte
É certo que o triunfo do FC Porto tinha ficado selado com o golaço de Varela aos 35, mas era escusado que toda a segunda parte fosse um mero cumprimento de calendário por parte dos dois conjuntos. Valeu o bom golo de Carlos Eduardo, mesmo no fim.