Foram três jornadas consecutivas sem vencer, um registo raro, e que já faz parte do passado: o FC Porto viajou até Rio Maior este domingo e venceu o Casa Pia por 2-1, em jogo da 30.ª ronda da Liga.

Não foi um triunfo brilhante, mas foi um triunfo justo, de um dragão que acusou algum desgaste com o passar do relógio, ainda na ressaca do duelo vitorioso frente ao Vitória de Guimarães, a meio da semana (para a Taça).

Conceição e Gonçalo Santos, fórmulas repetidas

Face a essa partida, de resto, Sérgio Conceição não mudou qualquer peça: utilizou o onze base dos últimos meses, com Cláudio Ramos no lugar do lesionado Diogo Costa e Taremi na vaga de Evanilson, também ele lesionado.

O mesmo fez Gonçalo Santos, que repetiu a equipa inicial que empatou na última jornada no Algarve, diante do Portimonense.

Os gansos até entraram mais fortes, mais despertos, e assustaram Cláudio Ramos logo nos primeiros minutos. Mas essa superioridade foi sol de pouca dura.

FILME E FICHA DE JOGO.

João Mário e Francisco Conceição demonstraram a química de sempre no lado direito, Nico González e Alan Varela tomaram conta do meio-campo e entre Galeno e Pepê, os dois iam colocando a defensiva adversária em sentido, principalmente em profundidade.

Pepê, por exemplo, acertou na barra, já depois das ameaças de Francisco Conceição e Alan Varela – seria um grande golo.

Galeno pôs o domínio portista no papel (com muito mérito de João Mário)

E foi com Pepê que surgiu o 1-0, mas não foi o 11 portista o principal obreiro desse golo: o passe fabuloso para Pepê foi de João Mário – na profundidade, lá está –, e depois coube a Galeno, com muita classe, finalizar. Isto, diga-se, à meia-hora de jogo.

Um resultado mais condizente com o que se passava em campo, mas que não intimidou a formação da casa. Não que o Casa Pia tenha ido para cima dos azuis e brancos, mas o empate de Nuno Moreira, aos 37 minutos, deu outro conforto para atacar a reta final do primeiro tempo.

Nesse período, e através de transições rápidas, os gansos podiam bem ter virado o tabuleiro. Valeu Cláudio Ramos, a ganhar o duelo com Yuki Soma por duas vezes.

Talvez tenha sido esse o clique para o FC Porto, ou os ajustes de Sérgio Conceição ao intervalo, mas a turma portista voltou dos balneários a querer tomar novamente conta das operações. E conseguiu.

Nico para amarrar os três pontos

De tal maneira, que não demorou muito até os azuis e brancos voltarem a ganhar vantagem: foi com um grande golo de Nico González, aos 56 minutos.

Depois disso, o futebol não foi brilhante, mas suficiente para os comandados de Sérgio Conceição segurarem os três pontos. O desgaste foi evidente, mas do outro lado também faltou outro tipo de acutilância para pôr em causa a vantagem portista.

Só nos descontos, depois de uma saída precipitada de Cláudio Ramos, Samuel Justo teve o 2-2 nos pés, mas o remate saiu por cima.

O FC Porto regressa às vitórias, segura o terceiro lugar – em igualdade pontual com o Sp. Braga – e ganha outro tipo de embalo para o clássico frente ao Sporting, no próximo fim de semana. Uma espécie de ensaio geral para a final da Taça.