[Que análise faz ao jogo?]

Foi uma vitória bem conseguida da equipa – não esquecendo alguns episódios que têm a ver também com a qualidade do Farense que joga de forma simples, difícil de contrariar, num jogo direto muito físico. É uma boa equipa que tem evoluído de forma muito positiva.

Nós conseguimos de certa forma fazer um bom jogo: esses sobressaltos do Farense tiveram a ver também com alguma falta de eficácia nossa, no início da segunda parte.

O Farense nunca abdicou de atacar, mas nós fomos muito inteligentes a saber quando passar, quando acelerar, a entrar de forma diferente na última linha do Farense e isso provocou muitas dificuldades ao adversário.

Temos jogadores que são capazes no um para um, são rápidos também.

Os jogadores estão a ter uma evolução interessante: a equipa ganhou com isso e obviamente fica mais sólida e consistente.

Podíamos sair com um resultado mais volumoso, mas não seria justo para o Farense que é uma boa equipa e este é um estádio sempre difícil.

[Qual a importância desta vitória para a equipa tendo em conta que tem sido posta em causa a questão exibicional?]

Ultimamente, as pessoas tem dado nota positiva às nossas exibições. Nós estamos no caminho certo.

Eu acho que, quem viu o jogo em casa, ficou agradado com a exibição porque não só ganhámos como nos mostramos a bom nível.

[Esse crescimento exibicional pode motivar a equipa a conquistar o campeonato?]

A nossa motivação é diária: eu falo sempre nisto. É trabalhar amanhã com afinco, com determinação, com uma ambição muito grande, trabalhar da melhor forma para que, no próximo jogo, sejamos, no mínimo, tão competentes como hoje.

[Estamos perante o melhor FC Porto da temporada?]

Eu acho que os jogadores têm evoluído de forma muito positiva: eu dou o exemplo das tais dores de crescimento de um jogador importante como o Alan Varela… a rapidez com que ele tem de soltar a bola no nosso terço defensivo tem de ser diferente, tem que ter essa perceção da pressão do adversário.

É um jogador que vem da América do Sul, tem 22 anos e deu-nos tanto neste jogo.

Iniciámos o campeonato com algumas saídas normais que fazem parte da nossa realidade: no campeonato português, somos mais vendedores do que compradores e isto demora o seu tempo.

Ainda hoje estava a falar com o grupo: o que fizemos no passado recente não conta para nada. Conta o que fizemos aqui hoje, num estádio difícil e, no mínimo, tínhamos de dar continuidade ao que fizemos nos últimos jogos.

Fizemos um bom jogo, fomos sérios, sofremos nalguns momentos porque jogamos contra adversários com valor, mas essa solidez está sempre presente.

Mesmo com o golo sofrido, estávamos bem. Os jogadores sentem-se bem, cada vez mais confortáveis e isso deixa-me feliz.

[Sente necessidade ainda de ter mais um reforço?]

Os jogadores têm sempre necessidade de ajustar uma coisa ou outra e isso é natural. Na antevisão ao jogo, tinha falado do Fábio Cardoso, que jogou hoje, o Pepe, o Zé Pedro e estamos a espera de que o Marcano regresse: estes são os nossos centrais no momento e o resto… fica o resto.

[Como é que destacaria o papel do Evanilson? E a opção Nico Gonzalez?]

Eu acho que o Evanilson, de uma forma normal, é destacado porque fez um bom jogo, assim como toda a equipa: ele conclui as jogadas da equipa.

Está a compensar a ausência de algumas semanas em que não esteve connosco devido a lesão. Está a fazer um bom trabalho diariamente, trabalha muito bem, é um miúdo fantástico. E está bem fisicamente. Sinto que este é o melhor momento dele nesse sentido.

Em relação ao Nico, é à semelhança do Alan Varela: passou por um período de congelação para sofrer um bocadinho e perceber o que tem de fazer, trabalhando sempre no máximo.