Iker Casillas acredita que a relação com José Mourinho no Real Madrid se começou a deteriorar quando o guarda-redes espanhol decidiu intervir nos conflitos com o Barcelona, em defesa do sucesso da seleção espanhola.

«Acho que não lhe caiu bem que eu falasse com os jogadores do Barcelona para suavizar e minimizar a tensão que havia na seleção. Mas não lhes pedi perdão, como dizem. Apenas falei com o Xavi e o Puyol e lhes disse que com a imagem que estávamos a dar isso não era positivo para a seleção», começou por dizer o agora guardião do FC Porto no programa «Na tua casa ou na minha» da TVE.

Assim, admite, foi visto como «o traidor» por não ajudar na «guerra» entre os rivais de Espanha, que Mourinho promovia: «Suponho que fosse isso, mas agi como capitão do Real Madrid e da seleção espanhola.»

Depois disso, Casillas perdeu o lugar cativo na baliza do Real Madrid. Inicialmente o guarda-redes disse que aceitou, mas depois começou a ser duro ouvir o que Mourinho dizia sobre ele.

«Primeiro achou que o Adán estava melhor do que eu e eu não podia dizer nada, ele era o treinador e ele é que sabia. Depois lesionei-me. Só queria recuperar da mão, mas só ouvia coisas más sobre mim. Entretanto o Diego López entrou para o meu lugar e estava a fazer as coisas bem, o mister achou oportuno ele continuar e tudo bem, mas depois havia o que ele dizia negativamente nas conferências.»

No entanto, admitindo que não é de guardar rancores, Casillas disse que nos reencontros com Mourinho, enquanto rivais, se falam e se cumprimentam. Foi assim recentemente na Liga dos Campeões: «Cumprimentámo-nos bem. Tanto no Porto como em Londres e perguntou-me se estava bem e satisfeito aqui no FC Porto.»