Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações aos jornalistas após o clássico com o Benfica no Estádio da Luz, ganho pelos azuis e brancos por 1-0:

«Foi um grande jogo, se calhar não muito espetacular pelas oportunidades de uma e de outra equipa, mas foi um jogo muito competitivo. A primeira parte foi equilibrada, talvez com um ligeiro ascendente da parte do Benfica. Sabemos da grande dinâmica ofensiva do Benfica nas primeiras partes, em que é muito forte, com transições e trocas posicionais constantes.

Penso que houve uma outra situação junto da nossa baliza e tivemos também uma ou outra junto à baliza do Benfica.

A segunda parte foi totalmente nossa. É verdade que, mesmo sem muitas oportunidades, estivemos sempre no meio-campo ofensivo. Não me lembro de uma situação na nossa baliza. Lembro-me de uma situação do Brahimi e outra do Marega. O resultado acaba por ser justo, num jogo intenso contra uma equipa com muita qualidade, que vinha numa dinâmica de vitória muito interessante e que conseguiu com mérito anular a vantagem que tínhamos há pouco e isso é um aviso: ganhámos este jogo mas ainda não ganhámos nada.»

[Alterações na segunda parte, com a introdução de jogadores ofensivos. Por outro lado, Rui Vitória colocou Samaris para reforçar a equipa defensivamente. Triunfo veio do banco?]

«Cada treinador vê o jogo à sua maneira. Se fosse o Benfica a fazer o golo, se calhar as pessoas diziam que as substituições do Rui Vitória eram acertada.

Por volta dos 75 minutos tinha de optar por tirar o Sérgio [Oliveira], que tinha amarelo, e meter outro jogador com as mesmas características. Essa substituição foi mais por isso: as outras foram claramente para ganhar o jogo.»

[Primeira parte menos mandona e segunda mais acutilante. A que se deveu?]

«Também foi estratégia. Há bocado falei do poderio ofensivo do Benfica. Sabíamos que era importante equilibrar o jogo nesse aspeto. A nossa equipa cria sempre lances e situações no nosso processo ofensivo. Claro que não pensei só em organizar a equipa defensivamente.

A base para se ganhar a um adversário forte é a coesão defensiva. [Mas] Não viemos para aqui defender. Viu-se uma equipa madura adulta, humilde e com capacidade para perceber a força do adversário. Mas temos uma dinâmica muito forte no nosso processo ofensivo e foi numa dessas situações que conseguimos fazer o golo, num jogo extremamente equilibrado.»