Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na flash interview da SportTV1, após a derrota por 1-0 frente ao Estoril, em jogo da 10.ª jornada da Liga:

«Apesar de achar que podíamos ter feito cinco ou seis golos e de continuar a jogar 40 por cento do tempo no meio-campo adversário, criando situações, falhando um penálti, uma bola em cima da linha de golo, enfim. Essa ineficácia notou-se mais uma vez. É preciso mais agressividade, mais fome de golo e de não sofrer uma ou outra transição. Não me lembro de nenhuma ocasião do Estoril.

Estes jogos são difíceis. Temos um ciclo grande de jogos onde é preciso ganhar sempre. O exigido pelos adeptos, pela história e pelo clube são vitórias. Andámos aqui há dois anos com cinco a dez lesionados. Vou metendo um ala à esquerda, um médio a lateral, um ala a jogar a lateral, um ala transformado em lateral e que hoje jogou à esquerda. Fazemos de tudo para a cada três dias ganharmos os jogos. Dá-me a sensação de que podíamos estar aqui mais uma hora e que a bola não iria entrar.

Quando temos várias oportunidades claras para marcar, o adversário ganha confiança com o decorrer do tempo. Tomámos decisões que não foram as melhores. No último terço houve situações em que devíamos ter chutado e passámos. Nós definimos a história do jogo porque somos mais fortes tanto a nível coletivo como a nível individual. Mas o símbolo não jogo. É preciso meter o trabalho e a qualidade individual em campo. Quando isso não acontece, é mais difícil ganhar. 

Mesmo onze? É uma questão de opções. Os dois laterais estão lesionados, é difícil encontrar alguém... O João Mário jogou muito bem à esquerda e continuou, o Jorge fez um jogo razoável e continuou assim como o Francisco. É isto. Fala-se que não gosto de perder, mas ninguém gosta. A forma como se sente a derrota é que é diferente. Há muitas coisas no clube que temos de melhorar nos diferentes departamentos. Quando se perde só há um culpado, que é o treinador. E eu assumo. Internamente há pessoas que têm de assumir responsabilidades. Somos um clube forte. É isto, não há mais nada a dizer.»