A um jogo do fim da primeira volta, o FC Porto é terceiro classificado da Liga com 35 pontos, menos quatro que o Benfica, segundo, e menos cinco que o líder Sporting. Na véspera da receção ao Sp. Braga, Conceição foi questionado se a diferença para os dois primeiros é explicada pela derrota nos dois clássicos.

«No ano passado não foi assim e perdemos o campeonato por dois pontos. Os campeonatos são todos diferentes. Já estivemos em situação de vantagem perante os rivais e aconteceu o que não queríamos. Também já estivemos atrás e ganhámos. Obviamente que é importante [ganhar jogos contra rivais diretos], são seis pontos que se ganham e que não deixamos o adversário ganhar. Isso é óbvio e evidente. Mas há todo o campeonato para se jogar, há outro jogo com o Moreirense no qual os pontos são tão importantes como os pontos de amanhã [domingo]. O campeonato é uma prova de regularidade na qual a consistência e a solidez são fundamentais», respondeu, em conferência de imprensa.

O treinador recordou ainda que os dragões acabaram com dez jogadores nas partidas contra Benfica e Sporting.

«Os jogos contra as equipas que estão à nossa frente foram dois jogos diferentes. Houve uma atitude muito positiva dos meus jogadores e algo comum: ficámos em inferioridade numérica. São jogos passados. Cada jogo tem a sua história e depende muito do que conseguirmos fazer durante o mesmo. Temos de ser muito competentes, incluindo nas bolas paradas, onde o Sp. Braga é muito forte e já fez mais de uma dezena de golos», atirou.

Conceição recusou ainda fazer balanços sobre a primeira volta e comentar as palavras do vice-presidente do FC Porto, Vítor Baía, sobre a arbitragem. «Mas seria bom para o futebol que, quando põem os áudios cá para fora, ouvir algumas conversas entre árbitros e jogadores. Aí iam perceber que não é fácil estar-se dentro de campo enquanto árbitro e enquanto jogado», limitou-se a dizer.