Óliver Torres passou em revista a sua ainda curta carreira, abordou o futuro e a permanência de Iker Casillas no FC Porto. O médio espanhol revelou ainda que área pretende seguir quando pendurar as chuteiras e qual a posição em que se sente mais cómodo.

«Existem sempre rumores, mas já tive defesos mais mexidos. Enquanto jogador não posso fechar as portas a nada, mas sou muito feliz no FC Porto. Tenho estabilidade, embora nunca possa dar garantias do que quer que seja. Quem está no futebol sabe que é assim», referiu, em entrevista à Marca.

O internacional sub-21 pela Espanha admitiu que a conquista do título português foi «dos maiores momentos da sua carreira».

«Com o Atlético não tinha a importância que tenho no FC Porto. Estava a começar, por assim dizer. São alegrias distintas. Estava no Atlético desde pequeno e conquistar a Liga e Taça foi algo grandioso. No FC Porto é diferente. A cidade estava há quatro anos à espera do título. Foi um dos melhores momentos que vivi e que viverei no futebol», frisou.

Óliver admitiu que se sente cómodo a jogar «como número 8», embora qualquer filosofia que passe por ter a bola lhe agrade. O jogador de 23 anos disse que é «um privilégio» partilhar o balneário e aprender com Casillas.

«Tantos para os mais jovens como para os mais experientes é um privilégio ter a possibilidade de viver momentos e aprender com Casillas. Por vezes, é um pouco desmancha-prazeres. Ganhamos um jogo, estamos felizes e ele diz “Calem-se, ainda não ganhamos nada. Falta muito”. Percebo, é algo que faz parte do seu ADN. É um privilégio», sublinhou, acrescentando que o compatriota «vai ajudar muito o FC Porto».

O número 10 dos azuis e brancos deixou ainda elogios a Iván Marcano, central que está em final de contrato com o clube. «Está há dois anos a um nível brutal. A confiança dele cresceu muito. As pessoas em Espanha provavelmente não o seguem tanto, mas creio que a hierarquia, segurança e compromisso são enormes. Estou seguro de que o selecioador o terá seguido, mas ele em muita gente a seguir. Estou convencido de que o Marcano tem capacidade para ser convocado por Espanha ou por qualquer seleção do Mundo porque é um futebolista muito bom», atirou.

O médio formado no Atlético Madrid refere que teve uma ascensão meteórica e que graças às pessoas que o rodearam não saiu do caminho que estava a trilhar.

«Passei de desconhecido a estrela. Contudo, tive a sorte de estar rodeado das pessoas certas para não me desviar do caminho. Não é fácil passar de desconhecido a famoso. Aceitei essa mudança muito bem. Em miúdo, saía da escola e ia para uma praça jogar futebol sozinho. Imagina o que é passar desse cenário para o Estádio Vicente Calderón. Foi um sonho», lembrou.

Óliver frequenta o curso de comunicação social, mas está a pensar desistir para seguir algo relacionado com publicidade.

«Tens de fazer algo que te iluda. O jornalismo iludiu-me num determinado momento, agora nem tanto. Perdi um pouco o interesse e acho que vou seguir algo relacionado com a publicidade», revelou.