Rúben Neves admitiu em entrevista ao Porto Canal que a final da Taça de Portugal da época passada foi, para já, o pior momento da carreira.

«Era o primeiro título que podia ganhar ao serviço do FC Porto. Perder daquela forma, depois de termos recuperado de uma desvantagem de dois golos, com a equipa confiante e aguerrida, chegar aos penáltis e não conseguir vencer... foi muito dececionante e difícil de ultrapassar nas semanas seguintes.»

Mostrando todo o seu portismo, o jovem jogador falou ainda da aposta de Julen Lopetegui e da ajuda que o ex-treinador do FC Porto lhe deu na altura em que o lançou na equipa principal: «No início houve muita coisa à minha volta e Lopetegui sempre me disse para não olhar a nada disso. Temos de ser equilibrados. Aprendi a ser assim, por isso não fico perturbado quando me elogiam ou o contrário. Mantenho a postura.»

«Lopetegui sempre tentou ser equilibrado. Não me dava a entender que iria ser eu a jogar, mas também não dava a entender que estava ali por faltarem outros jogadores. Dava-me a entender que estava ali porque merecia, mas que também tinha de trabalhar ao máximo para agarrar o lugar. Ele até tinha muito cuidado para não ficar demasiado em bicos dos pés por estar a começar a jogar, porque depois a queda podia ser grande. Manteve-me sempre equilibrado. Ajudou-me e também foi graças a ele que fiquei calmo e esperei pela minha oportunidade.»

Na mesma ocasião, o médio falou também da queda do FC Porto em janeiro de 2016, depois de fechar 2015 em primeiro lugar na Liga: «Não tenho uma explicação para dar. Acabámos o ano em grande, no primeiro lugar, depois da relação que já vinha de trás entre o treinador e os adeptos, o nosso jogo em Alvalade não nos correu tão bem, a equipa ficou um pouco mais nervosa, ansiosa e o empate com o Rio Ave foi a gota de água.»

Terão sido fatores externos? «Não devia acontecer, mas é inevitável. Estando emocionalmente mais em baixo ou vindo de uma derrota ou empate, os jogadores já pensam de maneira diferente. E podem distrair-se facilmente com o externo ao jogo», considerou.