Fran Navarro deixou o FC Porto em janeiro e reforçou, por empréstimo, o Olympiakos, depois de pouca utilização às ordens de Sérgio Conceição. Em entrevista ao Relevo, o avançado espanhol admitiu que apesar de não ter jogado muito, a ida para os dragões foi um «passo importante na carreira».

«Este ano dei um passo importante. Ir para o FC Porto foi muito importante para mim, fiquei muito feliz. Não joguei tanto quanto queria, porque havia muitos avançados e optei por ir para a Grécia. Aqui (no Olympiakos) estou a jogar o que queria. A marcar um golo ou outro. Mas também quero ser o ‘9’ de uma equipa da Champions como o FC Porto, ou pelo menos tentar ser», começou por referir.

Esta época, pelo FC Porto, Fran Navarro jogou 10 jogos e marcou um golo. Por outro lado, pelo clube grego já fez 13 jogos, tendo marcado 4 golos. Sobre a breve passagem pelos azuis e brancos, o espanhol analisou a dificuldade que teve quando chegou.

«É verdade que quando cheguei ao Porto estava mentalizado de que não ia ter os minutos que gostaria. O Taremi também não saiu e éramos 5 avançados e só jogamos com um, dois no máximo. Fiquei surpreendido, mas mentalmente mantive-me melhor do que pensava. Em janeiro surgiu a oportunidade de ir para a Grécia e sabia que precisava de jogar, que é o que está a acontecer», explicou.

Sobre a passagem pelo Gil Vicente, entre 2021 e 2023, o avançado explicou que não ficou surpreendido pela quantidade de golos que marcou, consequência de ter «uma equipa tão boa».

«Eu não diria que me surpreendi. É verdade que marquei mais golos na primeira divisão em Portugal do que na 2.ª B de Espanha, mas no Gil Vicente tínhamos uma equipa tão boa que as oportunidades iam surgir. Quando um jogador tem confiança isso é muito perceptível, a cabeça é muito importante num futebolista e se confias em ti mesmo isso é perceptível, isso já aconteceu comigo no Gil Vicente», atirou.

Por fim, o espanhol abordou o facto de ter ido para a Grécia «por causa» de Carlos Carvalhal, mas poucos dias depois de chegar viu o treinador português deixar o cargo.

«Sim, foi uma coisa que pensei, que os treinadores entram e saem normalmente. Pensei ‘imagina que eu vou atrás dele e eles mandam-no embora’ e foi assim que aconteceu. Se chegasse um grego teria sido pior porque ele não me conhecia, mas o Mendilibar chegou, e a equipa está bem! Na Conference League estamos nos «quartos», mas é uma pena não poder jogar, devido às limitações das inscrições. Mas estou muito feliz neste clube, dá-me todas as facilidades que preciso e tem absolutamente tudo», concluiu.