4-4-2 ou 4-3-3: eis a questão? O FC Porto tem optado pelo primeiro sistema nos jogos em casa e contra adversários teoricamente mais fracos, porém, na última terça-feira, na estreia na Liga Campeões, frente ao Schalke, em Gelsenkirchen, voltou ao último.

E em Setúbal, como será? Conceição responde que mais importante do que o sistema tático será a dinâmica e a identidade da equipa.

«Sistema que eu possa definir não dá indicação nenhuma sobre a nossa forma como vamos atuar… Em 4-3-3 pode-se pressionar na frente, tal como em 4-4-2 também se pode esperar o adversário num bloco mais baixo. Estrategicamente, há para a nossa equipa situações em que temos de, sem mudar a identidade, explorar algumas fragilidades do adversário, que vamos encontrar. A base para se ganhar é que a equipa tenha essa consistência defensiva», afirmou Conceição, que agora conta com mais uma peça fundamental para afinar a máquina portista: Danilo Pereira está recuperado de uma lesão no tendão de Aquiles contraída em abril e até já foi titular na Alemanha.

O regresso do médio internacional português a 100 por cento só pode ser uma excelente notícia, reconhece Conceição na conferência de imprensa de antevisão do jogo da 5.ª jornada da Liga, frente ao V. Setúbal. «[O Danilo] É um jogador muitíssimo importante no grupo de trabalho. É extremamente humilde, trabalhador, consciente de quais são os princípios e aquilo que se vive aqui no FC Porto. Ele personifica aquilo que é ser "um jogador à Porto": essa capacidade de trabalho, de sacrifício em estar no máximo todos os dias... O Danilo é exatamente isso. Quando estava ausente era importante no balneário. Agora, é importante dentro do campo. Para nós é mais uma solução, um reforço importante que tive, depois da ausência. Mas na época passada é preciso reconhecer que houve outros jogadores que tiveram essa oportunidade e aproveitaram-na muito bem.»