Sérgio Conceição, praticamente de sua iniciativa, comentou a utilização de quatro laterais de início no onze que entrou em campo no Estoril, nomeadamente Maxi Pereira, Alex Telles, Ricardo e Layún, sendo que os dois últimos jogaram mais à frente no terreno.

Dizendo, em tom de brincadeira, que o tema foi «assunto nacional», perguntou se queriam que explicasse a ideia.

E assim o fez. «Depois dos primeiros 45 minutos é fácil ver o que correu bem e menos bem. Ninguém pensa no que é a preparação e a forma de ver essa melhor forma de ganhar o jogo. Do que conheço do Estoril, sabendo que o setor defensivo está muito colado ao setor intermedio, ou seja, é uma equipa compacta subida no campo, achei que a melhor estratégia era explorar a largura e profundidade. Pensei que não haveria muito espaço, como se veio a verificar, para explorar o jogo interior», começou por dizer.

E depois lembrou a polivalência dos jogadores que utilizou, sublinhando que Layún jogou muitas vezes a médio e até a médio ofensivo este ano, e Ricardo fez muitos jogos a ala.

«E não são laterais, jogaram a ala, porque me davam essa verticalidade no jogo e essa qualidade nos corredores laterais para chegar ao último terço e à área do Estoril mais», insistiu.

A finalizar o tema, avaliou a sua própria decisão: «Foi o correto? Não foi. Porque estávamos a perder 1-0. Sou treinador, umas vezes acerto outras vezes erro. Se acertasse sempre, alguma coisa não estava bem. Ate porque é através dos erros que aprendemos.»

De seguida, Sérgio Conceição foi questionado sobre uma eventual dependência de Brahimi, mas, apesar de sublinhar que é «um jogador importante», lembrou que os 45 minutos «menos conseguidos» na Amoreira, não são caso inédito.

«Se olharmos o jogo contra o Vitória em casa também tivemos 45 menos conseguidos, retificámos ao intervalo e no segundo tempo fizemos quatro golos. Não é justo dizer que foi só a falta do Brahimi. Tenho um lote de jogadores de extrema qualidade que me dava garantias que poderíamos fazer melhor do que fizemos», finalizou.