O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, reconheceu que o setor ofensivo do Estoril é uma das preocupações e um dos «pontos fortes» do adversário na 10.ª jornada da I Liga, até porque, olhando aos golos marcados, o FC Porto tem 13 no campeonato e o Estoril 14, embora a equipa de Vasco Seabra tenha a segunda defesa mais batida, com 20 golos sofridos.

«É um dos pontos fortes [ndr: o setor ofensivo do Estoril]. Não entrei por aí, não queria falar dos golos, mas o Estoril tem mais um do que nós, tem 14 e nós temos 13. Mas é uma realidade, acho que o Estoril em termos ofensivos tem muita qualidade», começou por dizer, questionado por esse dado, na conferência de imprensa de antevisão.

«Tem o Heriberto, o Cassiano na frente, que é o tal avançado que nós chamamos chato, não só como referência, como homem, faz movimentos interessantes a atacar o espaço. O Rafik no lado direito é muito interessante com bola. Tem os médios que jogam bem, qualquer um deles. Tem dois laterais, dois miúdos, um da formação do Benfica e outro do Sp. Braga, o Tiago Araújo e o Rodrigo, que têm muita qualidade ofensiva também. Os três [centrais], o Volnei, que é o central da direita, tem uma escola interessante, os outros dois também com essa escola, sabem pisar, sabem fazer quando têm bola. Sem bola, sofreram 20 golos, dez de bola parada, em 11 contra 11 desde que o Vasco pegou na equipa, não sofreu golos. Quando as equipas estão no jogo jogado, dinâmica em posse, não sofreu golos. O Benfica foi de canto, o Portimonense também e, contra o Vitória, em inferioridade numérica, aí sim. No jogo em si, vai ser um jogo difícil», completou.

Nos últimos quatro jogos e apesar dos problemas com várias lesões na defesa, o FC Porto só sofreu um golo – em Antuérpia – e Conceição diz que o trabalho defensivo é a «base».

«Acho que é a base, o único resultado que permite ganhar pontos é não sofrer golos. É a base. Mas atenção, o processo defensivo não tem só a ver com a linha defensiva e o guarda-redes. É um trabalho coletivo, eu privilegio muito o trabalho dos homens da frente, os avançados, os alas, os médios. É um trabalho coletivo, muito do que é o não sofrer cá atrás tem a ver com essa pressão mais alta. Acho que é fundamental, por isso parte de toda a gente e não só da linha defensiva e do guarda-redes, mas é a base para essa solidez e consistência», analisou.

Pela frente vai estar um Estoril que deverá apresentar uma linha de três centrais, tal como o FC Porto já encarou ante Estrela e Rio Ave. «Em relação aos três centrais, à linha de cinco, às vezes vemos uma linha de quatro e são seis, no fundo. Cabe-nos trabalhar, em função também do adversário, jogamos sempre com adversários diferentes e mesmo quando jogamos com os mesmos, há sempre situações diferentes a trabalhar. Por isso, há sempre trabalho a fazer, olhar para o Estoril, a referência são os jogos com este treinador e perceber o que temos de fazer para ganhar, independentemente da estrutura do adversário», respondeu Conceição.

O FC Porto-Estoril joga-se esta sexta-feira, às 20h15, no Estádio do Dragão. Pode acompanhar todas a incidências do encontro AO MINUTO no Maisfutebol.