Sérgio Conceição falou este sábado sobre o processo disciplinar aberto pelo conselho de Disciplina da Federação a Brahimi, depois de a Comissão de Instrutores da Liga ter arquivado a queixa do Benfica contra o jogador.

«No ano passado havia a novela das denúncias anónimas, este ano pega-se nos jogadores individualmente. Não tenho de dar exemplos sobre o que foi o Herrera na final com o Aves: levou três ou quatro pontos, ficou a sangrar, foi agredido por um adversário e não vi ninguém a falar nisso», começou por dizer o treinador na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Belenenses.

«Agora vejo papaguear, vejo dirigentes a tentarem destabilizar, criarem guerrilhas...», afirmou o técnico, referindo-se então ao caso do lance de Brahimi no jogo com o Desp. Chaves.

«Gostava que o campeonato deste ano fosse o campeonato dos adeptos, dos comentadores também porque fazem parte do futebol, e eu tenho um respeito grande por aqueles que falam de futebol e não do futebol. Gostava que criticassem o Sérgio Conceição, o Rui Vitória, o José Peseiro e os outros todos pelas opções que tomam, pelas substituições que fazem pela estratégia de jogo… queria muito que isso acontecesse», frisou.

«Cada vez que ligamos a televisão e vimos certas coisas que não fazem nada bem ao futebol. Eu, no banco, a minha forma mexida e apaixonada, faz bem ao futebol, é normal: fazer disso um caso é que não é normal. É normal um jogador, sem querer, dar uma cotovelada no Herrera e abrir-lhe a cabeça. O que não é normal é não se falar nisso e falar-se noutra situação que é muito menos grave do que isso», continuou Sérgio Conceição.

«O jogo é bonito, o futebol move tanta gente, dá de comer e de beber a tanta gente que deviam ter mais respeito».