O treinador do Casa Pia, Filipe Martins, em declarações na flash interview da SportTV1 após a derrota frente ao FC Porto (2-1), em jogo da 32.ª jornada da Liga:

«Fomos muito competentes no jogo de hoje, com apenas uma diferença, na primeira parte com muito mais disponibilidade física. Demos uma mostra de organização e principalmente quem quis vir jogar o jogo pelo jogo, não nos remetemos à defesa. Na primeira parte tivemos bastantes oportunidades para fazer mais do que um golo. Depois o ritmo aumentou, houve alguma quebra física, mas estou muito orgulhoso do que fizemos. Não há nada a dizer. Sabíamos que o FC Porto é muito forte na bola parada. Demos mostra do que foi a nossa época: organização e qualidade. Tem de se tirar o chapéu a esta equipa e tenho muito orgulho em treinar o Casa Pia.

[Foi uma prova de resistência] Acabámos com o Poloni com cãibras, por exemplo, mas isso também é derivado à qualidade do FC Porto. Visto que não abdicamos de jogar e de querer chegar à baliza do FC Porto, é óbvio que os nossos jogadores se desgastaram. Sabíamos que era uma situação natural.

[É difícil aceitar o golo do FC Porto nos descontos?] O futebol é jogado até ao último segundo. Ainda na semana passada o Portimonense empatou connosco aos 90+6 minutos. O futebol é bonito por isso mesmo. O FC Porto teve o mérito de dar tudo, nós também, dentro dos nossos limites. E sabíamos que o FC Porto tinha de dar a vida porque não queria perder o campeonato. Acho que isso valoriza ainda mais o que fizemos.

[Tensão nos bancos no momento do 2-1 do FC Porto?] Isto é futebol. Têm de perceber que as pessoas quando estão dentro do campo a tensão é exacerbada. É normal que muitas das vezes se cometam excessos. São coisas do futebol, depois cada um consegue gerir, ou não, a situação. Não vamos dar demasiada relevância ao episódio.

[Abraço com Sérgio Conceição foi uma espécie de cachimbo da paz?] Não tem nada a ver isso. Não vamos criar disto um caso, foi uma situação que aconteceu e no fim as pessoas provavelmente reconheceram que não estiveram bem. Não consigo falar pelos outros, as emoções estão à flor da pele. Sei o que o mister Conceição me disse, fica entre mim e ele, compreendo as reações dos dois bancos, ambos tiveram culpa. Temos de pedir desculpa como agentes do futebol, mas não acho que foi uma coisa do outro mundo.»