O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, vincou esta sexta-feira o sentimento que tem pelo clube e, a propósito da defesa feita sobre o avançado iraniano Mehdi Taremi, garantiu que se visse um jogador não comprometido, ele até podia chamar-se Maradona que não teria «hipótese» consigo.

«Podem sentir tanto o clube como eu. Não há ninguém que sente mais o clube do que eu. E se eu sentisse que algum jogador não está comprometido, acreditem: podia chamar-se Maradona – se viesse cá à terra outra vez – que não tinha hipótese comigo», referiu, pelo meio das palavras sobre Taremi.

Na conferência de imprensa que serviu de antevisão à receção ao Estrela, para a 22.ª jornada da I Liga (sábado, 20h30), Conceição foi várias vezes questionado pelas incidências no jogo em Arouca de segunda-feira – derrota dos dragões por 3-2 – e defendeu que não houve falta de «atitude».

«Foi o jogo com mais alta intensidade que tivemos. Não estivemos tão bem: vamos falar do nosso momento defensivo, do nosso equilíbrio, que tem a ver forçosamente com o momento ofensivo, como atacamos e, quando estamos em ataque organizado, numa primeira ou segunda fase de construção, perceber que há passes que não se podem errar. A atitude, ambição e dedicação não mudaram. Não entrámos da melhor forma, também temos o mérito do Arouca, faltou-nos em alguns momentos discernimento com bola», disse.

«Há perder, empatar e ganhar. Empatar e perder, para nós não serve. Mas daí a falarem esse avolumar das críticas, de uma crise no FC Porto... A crise é corrupção desportiva, é os ordenados em atraso, é a violência nos estádios. Isso é que é crise. Estamos nos oitavos da Champions, na luta pelo campeonato, bastante atrás dos outros, mas vamos lutar até ao último segundo do último jogo. E estamos nos quartos da Taça de Portugal. Há uma equipa que ganhou este ano, o Sp. Braga, um título [ndr: Taça da Liga]. No final faremos as contas», rematou.