Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, depois da vitória sobre o Moreirense (2-1), em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal.
[Dois golos cedo permitiram pensar que seria mais fácil do que foi?]
- Não pensei nada disso. Falei com os jogadores ao intervalo, tentámos retificar os últimos vinte minutos que não gostei, não tivemos nenhuma intensidade. Fizemos dois golos e, de certa forma, saímos do jogo. Inconscientemente, os jogadores saíram do jogo. Na segunda parte entrámos com uma predisposição um bocadinho mais forte, tivemos várias situações para fazer o 3-0, depois, numa bola parada eles conseguiram fazer o 2-1. Penso que foi a única situação de perigo que houve. Este campo é difícil, mas conseguimos o objetivo de chegar às meias-finais.
[Não é fã de trocar por trocar, mas hoje fez sete alterações]
- Não dou rebuçados a ninguém. Fiz aquilo que achei que em termos estratégicos devia ter sido feito. O Hernâni acabou o jogo com o Vitória, o Layun também estava campo com o Vitória, são modificações que achámos que seriam benéficas para o jogo. A dupla no meio-campo era mesma. O sector defensivo, excetuando o Casillas, o Maxi também jogou muitas vezes com os outros três. Jogou o melhor onze que achei que era preciso para ganhar este jogo.
[Layún pode adaptar-se a qualquer posição, permite-lhe gerir melhor a equipa?]
- Temos de gerir da melhor forma. Conheço todos os meus jogadores. Sei que o Miguel é polivalente, tem muita inteligência tática, dá sempre uma resposta positiva, sabe o que queremos do jogo. Hoje jogou a médio, depois teve de baixar um pouco. Não fazemos experiências, sabemos o que fazemos. Fiz isso porque sabia que ele ia dar uma resposta positiva.
[Brahimi saiu com queixas. Marega aqueceu e não jogou]
- Estamos sempre atentos e preocupados quando há situações de alguma fadiga. O Yacine sentiu essa fadiga no primeiro tempo e decidimos poupá-lo. O Marega estava com queixas a seguir ao jogo com o Vitória, foi para o banco e quando ia para entrar sentiu a coxa algo pesada e decidimos não arriscar.
[Já perdeu uma final da Taça de Portugal, esta é para ganhar?]
- Se pensarmos dessa forma é pior, temos de agir, pensar e trabalhar de forma natural. É uma competição pela qual tenho um carinho especial, mas não por perder a final com outra equipa. É um jogo fantástico, um ambiente fantástico, já joguei em muitos estádios, mas o Jamor tem uma atmosfera especial nesse dia. Espero sinceramente poder estar com a minha equipa no Jamor e poder trazer este troféu que é um troféu especial.
