«Rotura num dos tendões do adutor esquerdo». É desta forma que o FC Porto, no boletim clínico emitido nesta segunda-feira, informa sobre a lesão de Tiquinho Soares, que no passado sábado deixou o relvado do Estádio Municipal de Aveiro agarrado à perna esquerda e muito queixoso.
Aquilo que a informação divulgada pelo FC Porto não explica é quanto tempo pode demorar o tratamento que anunciou que o jogador está a realizar.
E foi em busca dessa informação que o Maisfutebol seguiu para perceber o quão prolongada pode ser a recuperação de Soares, num momento em que as opções de Sérgio Conceição para a frente de ataque não abundam, ainda para mais com o afastamento de Marega, que não esteve no jogo da Supertaça e que não treinou no início desta semana, e com a oficialização da saída de Waris.
Para explicar aquilo que pode estar em causa, o nosso jornal ouviu Domingos Gomes, histórico médico que trabalhou vários anos no FC Porto e que começa por salvaguardar que «é muito difícil fazer uma avaliação sem ver o caso concreto».
Ainda assim, o clínico explicou que a lesão envolve «um tendão muito importante, com múltiplas funções» e cuja recuperação «depende sempre de muitos fatores». Nesse sentido, Domingos Gomes explica que «o tempo de paragem é sempre determinado pela percentagem de tecidos afetados e em que zona aconteceu a rotura».
Imaginemos, então, o melhor e o pior cenário que podem estar em causa, sugerimos ao médico.
«Tendo em conta a importância do adutor, e se o jogador vai parar, acredito que no mínimo estamos a falar de uma paragem de duas a quatro semanas», acredita, estendendo esse período para «dois, três meses», ainda que assuma que em casos extremos a recuperação pode chegar aos «seis meses ou até mais».
Jogador «abatido» e sem estimativa para tempo de paragem
O Maisfutebol tentou igualmente perceber qual o estado anímico de Soares que, à semelhança do que já acontecera na temporada passada, volta a lesionar-se na fase inicial da época.
Kaike Duarte, assessor do atleta, assume que, como seria de esperar, Soares está «abatido» com o que lhe aconteceu e assume que não há ainda um tempo de paragem estimado, ainda que imagine que se trate de uma lesão que afaste Soares dos relvados por «dois ou três meses».
