Fernando Gomes apresentou o seu programa para o próximo mandato à Federação Portuguesa de Futebol, de 2016 a 2020, do qual sobressaem medidas sobre arbitragens, transferências de jogadores e combate à corrupção desportiva.

O atual presidente e candidato único às próximas eleições da FPF quer «publicar todos os acórdãos dos órgãos disciplinares da FPF, no cumprimento dos limites legais», «reduzir significativamente todos os prazos e diligências processuais», «rever o modelo de observação e classificação dos árbitros» e «publicar os relatórios dos árbitros das competições profissionais e não profissionais após cada jornada».

As medidas em relação à disciplina e arbitragem não terminam e Fernando Gomes quer, já na Supertaça entre Benfica e Sp.Braga, «a implementação experimental do vídeo árbitro, fazendo o mesmo já na próxima época, nos jogos a partir dos quartos de final da Taça de Portugal».

Em relação a transferências, Fernando Gomes pretende «publicitar anualmente todas as transações de jogadores em que intervierem intermediários, incluindo os montantes envolvidos».

Num programa intitulado «mais de 100 compromissos para cumprir nos próximos quatro anos», o candidato propõe rever o modelo de governação da FPF, propor o aumento da representação dos sócios na Direção da FPF; propor a criação de um Conselho de Supervisão, formado por personalidades independentes do futebol e publicar todas as deliberações da Direção da FPF e a sua fundamentação.

Muita da sua atenção estará também no tema da corrupção e o dirigente quer fazer uma revisão da Lei 50/2007, que rege a corrupção desportiva. No seu entendimento, a lei prevê «limites penais ridículos para o corruptor ativo, penalizando de forma mais violenta o atleta, tantas vezes o elo mais fraco da teia criminosa, que é estranha ao fenómeno desportivo».

Referência ainda para o mais recente caso de corrupção «Jogo Duplo»: «Portugal não pode ser terreno fácil para aqueles que buscam rendimento ilícito com o desporto que promovemos. Recentemente a FPF agiu como denunciante de um conjunto de suspeitas relacionadas com aliciamento de jogadores de futebol e manipulação de resultados. Nesta matéria não há dois caminhos. Há apenas um», salientou.

O programa contempla objetivos para as seleções nacionais de futebol masculino e feminino, de futsal masculino e feminino e de futebol de praia e define a conquista de um título internacional para o próximo mandato e a manutenção da Seleção Nacional A no top 10 mundial, entre outros.