O Benfica mudou muito desde 25 de Janeiro de 2004. No plantel agora às ordens de Fernando Santos (na altura treinador do Sporting) apenas Nuno Gomes, Simão, Luisão, Quim, Moreira, Petit e Mantorras foram companheiros de equipa de Miklos Fehér. Três anos depois da morte do internacional húngaro, o camisola 21 afirma peremptoriamente que Miki mantém-se bem presente, no pensamento: «É uma imagem que vai viver connosco para sempre. Acho que foram momentos marcantes, que ninguém consegue apagar. Habituamo-nos a viver com isso, mas é difícil. Ninguém estava à espera de uma coisa daquelas e mesmo hoje, que já vai fazer 3 anos, continuamos a sentir falta dele. Lembramo-nos dele quase todos os dias.»
Nuno Gomes não tem dúvidas em qualificar a perda de Miki como o momento mais marcante da carreira: «Sem duvida. Foi o momento mais triste da minha carreira pelo qual nunca pensei passar, desde que comecei a carreira. A perda de um amigo, e de um colega jogador de futebol, foi sem duvida o momento mais marcante.»
As recordações de Miklos Fehér são muitas. «Era acima de tudo um colega muito humildade e que gostava sempre de aprender. Falava já muito bem a nossa língua e preocupava-se sempre em ajudar e estar por dentro de todas as situações. Era uma pessoa que subiu a pulso na vida e que dava muito valor não só ao trabalho dele, pois respeitava o trabalho dos colegas. Era brincalhão. Era uma pessoa impecável», classifica o avançado luso.
O sub-capitão do Benfica admite que de 2004 para hoje nada mudou no que a exames médicos diz respeito: «Tudo continua igual. Posso até dizer que nos meses seguintes houve jogadores que pediram para fazer exames suplementares, porque receavam que lhes pudesse acontecer algo semelhante a eles. É normal porque foi tudo vivido muito intensamente e ficámos com esse receio. Os exames que fazemos no clube são os exames possíveis que toda a gente faz, e que os jogadores profissionais fazem, e têm de fazer, para jogar. Os exames que o Miki fez eu também fiz, e continuamos a fazê-los época após época.»