No primeiro jogo oficial como titular do Benfica, antes mesmo de se cumprir um mês da sua chegada a Lisboa, Ljubomir Fejsa convenceu adeptos e crítica. O médio sérvio foi considerado o melhor em campo pelo Maisfutebol, mas também pelos três jornais diários desportivos. Uma apreciação unânime, portanto, que se estende a quem o conhece há mais tempo.

Almani Moreira foi colega de Fejsa durante três épocas, no Partizan, e também ficou convencido com a exibição de terça-feira. «Chegou agora ao clube mas parecia que já jogava aqui há muito tempo. Há que dar mérito à exibição, sobretudo porque foi na Liga dos Campeões», analisou o diretor desportivo do Atlético, contactado pelo Maisfutebol.

Moreira destaca o «pulmão inesgotável» do antigo colega, que permite estar em todo o lado. «É muito forte fisicamente. Permite ao Matic soltar-se e compensa a subida dos laterais. Já acrescentou algo à equipa, deu mais segurança aos defesas», acrescentou.

O luso-guineense recuou depois aos anos em que partilhou o balneário do Partizan com Fejsa (2008-2011). «Ele já era mais ou menos assim, mas melhorou em termos de posicionamento, com a mudança para a Grécia, e também fruto do próprio tempo que passou. Mas o pulmão está igual. Já corria muito. Ele está em todo o lado, e se deixarem até se esquece que é trinco», brincou.

A expectativa é de que Fejsa «melhore ainda mais com o tempo e com a ajuda de Jesus». «Vai complementar o trabalho do Matic, dar-lhe descanso, pois terá alguém a cobrir a sua posição. E o Fejsa, para além de roubar e entregar a bola, também sabe assumir o jogo», alertou Moreira.

O diretor desportivo do Atlético acredita, por isso, que Fejsa e Matic são compatíveis. E a presença de outros sérvios no Benfica promete facilitar a adaptação do reforço contratado ao Olympiakos. «É sempre bom encontrar compatriotas no estrangeiro», lembrou Moreira, que foi emigrante durante vários anos.

O ex-jogador ainda não teve oportunidade de se encontrar com Fejsa em Lisboa, mas em breve procurará esse reencontro: «Até seria má educação não estar com ele no meu país. Vou deixá-lo instalar-se e depois tento estar com ele.»