Alex Ferguson concorda que deveria haver uma quota de estrangeiros permitidos por equipa no futebol inglês, contrariando a opinião do rival Arsène Wenger (Arsenal), que garante que tal medida acabaria com o jogo em terras britânicas. O treinador do Manchester United assume que seriam os londrinos aqueles que mais protestariam com as novas regras, mas garante que a mudança seria «para o bem do futebol inglês».
«Não seria certamente errado obrigar os clubes a ter uma percentagem de jogadores do seu país no plantel. Concordo plenamente com a ideia da FIFA, mas seria um problema para uma equipa como o Arsenal», disse o escocês em entrevista à revista do United, antes de continuar: «Quando se quer proteger os nossos, não há de errado com isso. Para o bem do futebol inglês seria bom ter mais futebolistas ingleses nas equipas de topo. Os nossos críticos podem dizer que para nós não faz diferença porque já temos alguns no plantel, mas penso que se perguntarmos a uma pessoa comum eles também quereriam mais ingleses.»
O técnico dos red devils acredita que uma votação entre todos os clubes faria passar a moção: «De acordo com o Tratado de Roma em vigor não poderíamos tornar isto uma lei. Teria de ser um acordo entre os clubes, mas se fosse submetido a votação deveria passar, apesar da forte oposição de clubes como Liverpool e Arsenal, que têm respectivamente fortes ligações a Espanha e França.»