Falava-se de Cláudio Pitbull, das características que tem e das características do avançado que o F.C. Porto necessita de ter para preencher a lacuna identificada no plantel quando alguém questionou o técnico sobre se o que realmente necessitam é de um Derlei. «O Derlei é jogador único», respondeu Fernández. «Não é fácil encontrar um jogador com as características dele».
Sem entrar nas razões que o levaram à venda do brasileiro, o treinador deixou depois bem claro o quanto lhe custou ver partir um símbolo do clube. «Não sei se foi uma decisão difícil, mas foi dolorosa», frisou. «Tive muitos profissionais ao longo da minha carreira, mas o Derlei marcou-me profundamente. A reacção que teve na despedida nunca a tinha vivido como treinador».
À distância só lhe deseja agora a maior sorte do mundo. «Não pude desfrutar do melhor Derlei, infelizmente, mas pude desfrutar de uma pessoa de valores e de um profissional com um carácter e uma personalidade ganhadores. Foi um jogador muito importante para mim. A sua partida causa-me uma grande dor».
O alemão Leandro, o checo Léo Lima, o croata Pitbull ou a resposta a Carlos Alberto
Falando ainda de Derlei, Victor Fernández acrescentou que ele é a única baixa concreta no plantel entre os jogadores que saíram. Então e Carlos Alberto?, perguntou-se. «O Carlos Alberto era diferente. Não era sempre opção nem era titular». O treinador não guarda saudades do médio brasileiro, nota-se. E aproveitou até para responder às críticas que este fez, acusando-o de não gostar de brasileiros. «Se calhar é por isso que contratei um alemão, um checo e um croata. Como se sabe o Léo Lima é alemão, o Leandro é checo e o Pitbull é croata».