As polémicas em torno dos bilhetes, primeiro, e da segurança dos adeptos, depois, quase fizeram parar o país, mas em momento algum ameaçaram a formação portista. Palavra de Victor Fernandez. «A equipa está à margem do problema», jurou o treinador. «No balneário só se fala do jogo, só se fala de desporto. Tudo o resto passa-nos muito ao lado. Os jogadores mantêm-se tranquilos e conscientes das dificuldades que vão ter pela frente. Apenas isso. Em momento algum falámos dos problemas à volta do jogo».
O treinador ouviu ao longe o ruído que se fez em torno do muito que em nada tem a ver com o futebol, mas não lhe passou cartão. «Tentei afastar-me e estar à margem das polémicas da semana», referiu. «A minha responsabilidade é treinar a equipa. Não quero, sinceramente, estar dependente dos temas mais políticos ou administrativos do que futebolísticos». O único reparo que fez prendeu-se com a admiração pela polémica. «Surpreende-me apenas que uma equipa não possa levar os seus adeptos ao estádio».
Até porque é algo de novo para ele. «Em Espanha, quando um jogo é de muita tensão, aconselha-se que os adeptos da equipa visitante não vão ao estádio. Mas não se os proíbe. Foi isso que me surpreendeu. Este encontro entre o Benfica e o F.C. Porto é um super-clássico do futebol português, há muita rivalidade entre os dois clubes, mas para nós, para os jogadores, é apenas um jogo mais».